Os Bastidores da Comunicação Corporativa: A Importância do Conselheiro

Os Bastidores da Comunicação Corporativa: A Importância do Conselheiro

Artigo: Os Bastidores da Comunicação Corporativa: A Importância do Conselheiro - Parte do PFCC - Programa de Formação e Certificação de Conselheiros da Board Academy Br.

Introdução

A comunicação corporativa é a alma pulsante que dá vida ao sucesso e à longevidade de qualquer organização. Imagine-a como uma sinfonia harmônica, onde cada nota representa uma forma de interação. Em outas palavras, ela abrange todas as formas pelas quais uma empresa se comunica, tanto internamente, com seus colaboradores, quanto externamente, com seus stakeholders, incluindo clientes, investidores, parceiros e o público em geral.

Nesse cenário, o conselho tem um papel fundamental, ou seja, ele não apenas monitora e orienta as estratégias de comunicação, mas também garante que a empresa esteja alinhada com seus propósitos éticos, culturais e reputação.

Portanto, ao olharmos para a comunicação corporativa, não devemos vê-la apenas como um conjunto de práticas, mas como uma arte que molda a identidade e o futuro de uma empresa. Afinal, a forma como uma empresa se comunica pode ser o diferencial entre ser apenas mais uma voz na multidão ou se destacar como uma referência admirável no mercado.

Assim sendo, neste artigo, vamos explorar o conceito de comunicação corporativa, suas principais funções e o papel do conselheiro dentro desse contexto.

O que é Comunicação Corporativa?

A comunicação corporativa vai além de simples mensagens trocadas na empresa ou com o mercado. Em outras palavras, ela é uma ferramenta estratégica que visa alcançar objetivos específicos por meio de uma gestão orquestrada de comunicação interna e externa.

A comunicação deve ser vista como uma atividade que cria pontos de vista favoráveis à empresa entre seus stakeholders, sendo um conjunto integrado de ações voltadas para a construção e manutenção da reputação corporativa. 

A reputação corporativa, conforme Elliot Schreiber, é um ativo intangível, mas de imenso valor, que se constrói a partir da criação de valor para os stakeholders. Em outros termos, o risco reputacional, pode surgir quando a empresa falha em atender às expectativas desses stakeholders.

Nesse contexto a comunicação corporativa surge como uma poderosa aliada, capaz de transformar desafios em oportunidades. Ao atuar como um elo entre a organização e seus públicos, ela não apenas minimiza riscos, mas também potencializa o valor intangível que cada empresa possui.

Em um mundo onde a percepção muitas vezes vale mais que a realidade, investir em uma comunicação eficaz é, sem dúvida, um passo estratégico para a longevidade e a sustentabilidade da organização num mercado altamente competitivo.

Funções Principais da Comunicação Corporativa

A comunicação corporativa destaca uma série de funções essenciais dentro da sua jornada que, quando bem executadas, fortalecem a posição da empresa no mercado:

  1. Comunicação Interna: A comunicação na empresa é fundamental para alinhar colaboradores com os valores, a missão e os objetivos da organização. No entanto, de acordo com pesquisas apresentadas, cerca de 60% das empresas não têm estratégias claras de comunicação interna de longo prazo. (Fonte: SMARP, Oak Engage); Isso leva a problemas como a falta de colaboração, desinformação e, consequentemente, a perda de produtividade.
  2. Gestão de Reputação: A reputação corporativa é considerada um dos principais ativos intangíveis de uma empresa. Ou seja, ter uma estratégia de gestão de reputação bem definida é fundamental para preservar a confiança e o relacionamento com os stakeholders.
  3. Gestão de Crises: As crises podem surgir de maneira inesperada e, muitas vezes, têm impactos devastadores na imagem e na continuidade dos negócios. Senso assim, a comunicação eficiente em momentos de crise, é essencial para conter os danos e preservar a reputação da empresa.
  4. Relações Públicas e Imprensa: A forma como a empresa interage com a mídia e o público em geral também é vital. Do mesmo modo, a construção de uma boa relação com a imprensa garante que as mensagens da empresa sejam transmitidas de maneira clara e precisa. 

O Papel do Conselheiro no Monitoramento da Comunicação Corporativa

Dada a complexidade e a relevância da comunicação corporativa, o conselheiro tem um papel fundamental em seu acompanhamento e avaliação estratégica. Também, o conselho deve estar alinhado com a comunicação corporativa em vários níveis.

  1. Propósito, Ética, Cultura e Reputação: O conselheiro precisa garantir que a comunicação da empresa esteja alinhada com seus propósitos éticos e culturais. Ou seja, significa que o conselho deve participar ativamente do monitoramento de como a empresa está comunicando seus valores e princípios ao mercado.
  2. Monitoramento das Ações de Comunicação: O conselho também deve acompanhar as principais atividades de comunicação em andamento, certificando-se de que todas as partes interessadas, desde os executivos até os colaboradores, estejam cientes do plano de comunicação e suas implicações estratégicas. Do mesmo modo, o alinhamento global das mensagens é fundamental para evitar dissonâncias que possam impactar a reputação da empresa.
  3. Gestão de Crises: O conselheiro tem a responsabilidade de revisar e sugerir ajustes nos planos de crise da empresa. Em outras palavras, ele deve atuar ativamente para que esses planos incluam cenários antecipados e ensaiados regularmente, para que, em caso de emergência, a empresa tenha uma resposta rápida e bem estruturada.
  4. Reputação e Marca: O conselheiro deve estar atento à gestão da marca corporativa, garantindo que haja políticas claras para sua preservação e que a empresa esteja constantemente monitorando e avaliando os drivers de sua reputação garantindo o seu propósito.

A Comunicação como Estratégia Corporativa

A comunicação corporativa é uma alavanca estratégica que, quando bem utilizada, pode fortalecer a marca, atrair e reter talentos e, acima de tudo, consolidar a posição da empresa no mercado.

A matriz MCA (Mensagens, Canais e Alvos) é uma ferramenta importante para direcionar essa estratégia. Ela permite que a empresa tenha um plano estruturado, com metas claras e KPIs bem definidos para medir o sucesso das iniciativas de comunicação.

Outro ponto relevante abordado é a importância do storytelling na comunicação, ou seja, contar histórias de maneira envolvente e autêntica pode fazer toda a diferença na percepção dos stakeholders sobre a empresa.

Um bom storytelling permite que a empresa engaje seus públicos de maneira mais profunda, criando uma conexão emocional que vai além dos simples aspectos transacionais do negócio. 

O Conselheiro como Guardião da Reputação Corporativa

O papel do conselheiro não é apenas de supervisionar, mas também de agir como guardião da reputação corporativa. Em outras palavras, em um ambiente de negócios cada vez mais complexo e dinâmico, o conselho deve estar preparado para antecipar desafios reputacionais e garantir que a empresa tenha as ferramentas necessárias para enfrentá-los.

Sendo assim, isso inclui estar ciente dos riscos associados a uma má gestão de comunicação e recomendar ajustes proativos nas estratégias de comunicação. Portanto, é fundamental que o conselheiro faça perguntas cruciais, como: a empresa tem um plano de comunicação eficaz? Esse plano é conhecido por todos os níveis hierárquicos? A empresa está preparada para gerenciar crises de forma eficiente?

Além de supervisionar, ele deve atuar antecipando desafios e ajustando estratégias de comunicação. Isto é, ele deve garantir que a empresa tenha um plano eficaz e esteja preparada para crises. Igualmente, o papel do conselheiro é vital para preservar a reputação corporativa, exigindo proatividade e questionamentos estratégicos contínuos.

O Papel do Conselho em Situações de Crise

O conselho desempenha um papel vital na comunicação durante a gestão de crises, pois ele é responsável por garantir que a empresa responda de maneira eficaz, transparente e estratégica.  Em situações de crise, a comunicação bem orquestrada é essencial para mitigar os impactos negativos na reputação e nas operações da organização.

O conselho, como guardião da reputação corporativa, deve garantir que a empresa tenha um plano de comunicação de crises sólidos, com diretrizes claras sobre quem são os porta-vozes, e quais mensagens devem ser transmitidas e como a empresa deve interagir com seus stakeholders.

Além de supervisionar a execução do plano de comunicação, o conselho precisa oferecer orientação estratégica, assegurando que a resposta da empresa seja alinhada com seus valores, propósitos e compromissos éticos. A falta de uma comunicação adequada pode amplificar os danos de uma crise, minando a confiança de clientes, investidores e do público em geral.

Ao atuar de forma proativa, garante ao conselho que a empresa esteja preparada e preservando sua imagem, garantindo que as ações tomadas durante a crise fortaleçam sua reputação a longo prazo. Assim sendo, isso inclui ajustes contínuos nas estratégias de comunicação, de acordo com a evolução da crise e as demandas dos stakeholders. 

Além disso, o conselheiro deve monitorar continuamente indicadores-chaves de desempenho (KPIs) relacionados à comunicação e à reputação, oferecendo insights e ajustes necessários nas estratégias.

Portanto, durante uma crise, o conselheiro age como uma voz de equilíbrio, garantindo que a resposta da empresa seja coordenada, ética e transparente, preservando a confiança dos stakeholders e, consequentemente, fortalecendo a reputação da empresa em momentos críticos.

Conclusão

A comunicação corporativa, como vimos, é uma ferramenta estratégica vital para o sucesso de qualquer organização. Em outras palavras, a comunicação é, sem dúvida, a força motriz que impulsiona o sucesso de qualquer organização.

Ou seja, ela conecta a essência da empresa a seus diversos públicos, tecendo uma rede de confiança e transparência. Nesse cenário, o conselheiro emerge como uma figura central, cuja responsabilidade é garantir que cada processo esteja em harmonia, garantindo que a comunicação esteja alinhada com os objetivos éticos, culturais e de reputação da empresa.

O conselho não é apenas um guardião vigilante da reputação corporativa. Do mesmo modo, ele atua de forma proativa em tempos de calmaria, cultivando relacionamentos sólidos, mas é em momentos de crise que seu papel se torna ainda mais fundamental. Isto é, ele prepara a empresa para enfrentar tempestades, transformando desafios reputacionais em oportunidades de fortalecimento.

Portanto, a presença atenta do conselho nas questões de comunicação corporativa não é apenas desejável, em outras palavras, é uma necessidade imediata para a sustentabilidade e o crescimento da empresa. Assim sendo, em um ambiente de negócios que se torna mais complexo e interconectado a cada dia, essa sinergia é a chave para não apenas sobreviver, mas prosperar em um mundo onde a comunicação é o novo capital.

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