Os cuidados que se deve ter ao tomar qualquer decisão nos negócios
Estudos recentes apontam que tomamos em torno de 10 mil decisões por dia. Uma boa parcela destas decisões se referem às decisões de negócios, pois passamos a nossa maior parcela de tempo no trabalho.
O que os estudos também demonstram claramente é o fato dos gestores e donos de negócios não tomarem mais cuidado nem terem consciência plena sobre os impactos que geram devido ao seu modelo de fazer escolhas e tomar decisões.
Os desafios da gestão assumem importância maior ainda se considerarmos o contexto atual, o qual nos traz um mundo hiperveloz, com um aumento exponencial de informações, resultando em contextos mais complexos e desafiadores, gerando pressões adicionais sobre os tomadores de decisões.
Neste ambiente, percebemos que o ser humano, ao se deparar com situações que envolvem caos e desordem, procura simplificar e usar mecanismos automáticos para lidar com a demanda crescente. A maior parte das decisões são tomadas de modo inconsciente, sem mais análises, usando “atalhos”, preferências pessoais e decisões anteriores como modelo.
Estes elementos apontam para uma necessidade vital para as organizações e líderes contemporâneos: desenvolver sua capacidade de pensar sobre a forma que toma decisões, tomar consciência dos seus equívocos e desvios, e estruturar um método para eliminar/reduzir os impedimentos para uma tomada de decisão mais consciente e com competência.
Então, podemos começar prestando atenção para alguns elementos que já sabemos que estão presentes nas tomadas de decisões:
- Em torno de 95% das nossas decisões são tomadas de modo automático;
- O cérebro humano seleciona e filtra as informações para processar, descartando a maior parte;
- Somos extremamente otimistas ao fazermos estimativas, previsões e avaliações;
- Nossos sentimentos e limitações emocionais interferem e direcionam nossas escolhas;
- Temos preferências e gostos pessoais que nos tornam tendenciosos;
- Nossa capacidade de fazer julgamentos é afetada pelas situações, levando a não termos padrões de respostas.
Artigo publicado originalmente no blog da NORTUS