Os diferenciais ocultos
Os recrutadores pedem que o candidato seja diferente, único, seguindo a linha que a maioria das empresas exigem dos futuros funcionários. A lista com as exigências e qualificações é cumprida. Geralmente é difícil se encaixar com tudo o que é pedido, e como os critérios de seleção podem ser bastante rígidos, muitas pessoas ficamos para fora da primeira leva de CV's que chegam até o recrutador como possíveis candidatos.
Na atualidade tem uma nova corrente de pensamento sobre as qualificações técnicas e os laudos acadêmicos dos candidatos. Já não é determinante ter um MBA ou ser engenheiro formado para obter uma vaga em Facilities. Hoje somos testemunhas do grande e surpreendente giro na hora de selecionar candidatos para vagas em vários segmentos. Características tão diferentes como inteligência emocional, honestidade, visão estratégica, pontualidade, responsabilidade, capacidade de negociação ou versatilidade, entre tantas outras, podem ser diferenciais para quem decide a contratação de um funcionário.
Estas são ideias muito estimulantes para as pessoas que temos esses diferencias, somado a muita experiência de campo, mas não contamos com uma educação formal que a maioria das vagas espalhadas pelo mercado laboral exigem. Essas características são o que eu chamo de diferenciais ocultos, já que eles muitas vezes não aparecem no papel mas estão no historial de educação informal e prático do candidato. Mas as ideias tem que ser colocadas na pratica. Se ficarem só no mundo ideal a realidade não pode ser transformada.
Eu sou argentino, mas morei nos EUA mais de 10 anos e já quase faz sete anos que moro no Brasil. Aos 17 anos tive meu primeiro programa de radio, e depois de me graduar de jornalista fui produtor de TV e de um documentário Independiente com coprodução internacional. Morando nos EUA trabalhei na construção, fui interprete de inglês e espanhol, fui gerente de restaurante e tradutor para a cidade de Nova Iorque.
Quando cheguei no Brasil no ano 2012 comecei a investir na área imobiliária. Criei minha própria empresa de reformas e comecei a reformar apartamentos para vender. Como o mercado local estava começando a sofrer uma esfriada e giro do investimento tem um prazo médio de 2 anos, decidi oferecer meus serviços para terceiros. Foi um bom negocio e um aprendizado muito importante por uns anos mas a caída da demanda dos meu serviços me fizeram procurar outros rumos.
Hoje estou com três projetos de startups: um na área de gastronomia, outro na área de tecnologia e o ultimo na venda de álbuns customizados de figurinhas. Além disso estou procurando uma vaga na área de facilities. Gente, o negocio é puxado mas lá longe chegarão as grandes recompensas. E o mais importante, eu vou ser testemunha das grandes mudanças nas contratações dos funcionários com diferenciais ocultos.