Os impactos emocionais da pandemia de Coronavírus-19.
Você está se sentindo pra baixo ultimamente? Parece que a pilha está no finalzinho?
Não é pra menos!
Estamos passando por um momento crítico, cheio de incertezas e altos e baixos.
"Economia, não tá ok!
Política, não tá ok!
Saúde, não tá ok!
Corre pra terapia, que tá f*** de viver..."
Brincadeiras à parte, realmente estamos sendo bombardeados por problemáticas que há muito estávamos varrendo para baixo do tapete:
- A precariedade com nossa saúde mental e física;
- Degradação social e ambiental;
- Precarização do sistema público (em todas as esferas);
- Péssimas escolhas política e nossa total conivência com isso;
Enfim, são tantos tópicos que eu poderia conversar sobre que acabariam com as folhas do Word (kkkkk)
E preciso confessar que eu, particularmente, já tive duas crises de pânico durante esse período que foram super difíceis de controlar. A primeira foi quando comecei á ver todos os países fecharem as fronteiras enquanto meus dois irmãos morando no exterior. Aliás, para quem tem parentes no exterior, tenho certeza de que esse momento tem sido péssimo emocionalmente.
O segundo ataque foi no mercado eu, que já tenho problema com lugares cheios de pessoas (não chega a se manifestar fóbicamente mas um grande desconforto controlável), comecei á chorar ao ver que precisaria esperar horas na fila em um ambiente fechado, cheio de pessoas.
Definitivamente não está fácil! A mídia está nos bombardeando com as informações do C-19 e nos encorajando ao isolamento. Quem é profissional autônomo, como eu, fica totalmente fora de prumo ao pensar que durante esses 2 meses poderemos perder a maior parte de alunos e pacientes, por cancelamento, por medo, por falta de recurso...
Porém, não acho que seja saudável ficarmos á margem de todas essas notícias e tentar nos esconder debaixo das cobertas. O melhor que temos á fazer agora é recorrer á racionalidade! Mantenha-se informado mas entenda o que está acontecendo. Busque muito conhecimento, como já diria ET Bilú.
Talvez seja a vida nos avisando para que paremos e analisemos as coisas, antes que seja tarde demais.
Um ultimato sobre nossas ações (ou falta delas) que estão nos colocando em risco e nos deixando egoístas.
A impossibilidade do afeto, vai nos mostrar o quanto precisamos disso, mas a tecnologia nos traz a possibilidade de falar ou ver quem amamos em tempo real.
A falta de recursos nos fará pensar que não somos intocáveis, e realmente precisamos do outro, especialmente quando se trata de sobrevivência.
Essa paralisação tem muito a nos ensinar.
Devemos aprender a valorizar aquilo e aqueles que realmente nos importa. E acima de tudo, valorizar nossa existência, que é finita!
Não tenham medo, tudo vai acabar bem...
Vamos nos centrar e fortalecer como pessoas, como nação, como espécie.
Nesse momento não importa nossa cor, nossa classe, nossos pertences, mas sim nosso conhecimento, nossas atitudes, nossa fraternidade.
E vamos falar a verdade?
É o que deveríamos ter feito desde o começo.
Para o empregador: Tenha paciência e seja responsável com as vidas que você tem nas mãos.
Para os empregados: Sigam as instruções, cobrem seu bem estar, mas entendam que a situação não está boa para ninguém. Muitos erros podem ser cometidos mas dificilmente serão intencionais.
Para os comerciantes e autônomos: Tenham paciência, é uma fase que vai passar. Conseguiremos nos reerguer em breve.
Para os consumidores: Sejam conscientes, consumam de forma lógica e coerente. Não caiam em preços abusivos. Saibam como funciona o mercado. Deem preferência aos pequenos comerciantes.
Para os ignorantes: A coisa não está nem um pouco bonita, não é mentira, nem exagero... busquem conhecimento!
Para os que cobram: Tenham paciência, estamos todos quebrados.
Para os que pagam: Tenham consciência e saibam conversar com seus fornecedores e locadores...
Para os políticos brasileiros: Tomem vergonha na cara!
Para o mundo: Vamos com calma! Com conhecimento, compreensão e fraternidade, dará tudo certo, logo!
Para os profissionais de saúde: Minha grande admiração e gratidão. Peço que cuidem dos outros mas cuidem também de si, precisamos muito de vocês.
Finalmente, aos que podem, fiquem em casa!
Não se exponham nem exponham aos outros.
A gente está meio capenga, meio mole, meio quebrado, mas tem conserto.
A máquina explodiu e as engrenagens estão todas soltas, vamos ter que colocar tudo no lugar.
E não esqueçam de fazer terapia... eu faço e posso dizer o quanto isso me ajuda á ajudar os outros.
E quanto á nós, psicólogos, estaremos aqui para o que der e vier.
Se precisar é só chamar :)
Uma boa renovação para todos!
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