Os impactos psicológicos da liderança abusiva no trabalho

Os impactos psicológicos da liderança abusiva no trabalho

O trabalho é uma atividade fundamental para o desenvolvimento humano, mas também pode ser fonte de sofrimento e adoecimento quando as condições e as relações de trabalho são desfavoráveis. Um dos fatores que podem afetar negativamente a saúde mental dos trabalhadores é a liderança abusiva, que se caracteriza por comportamentos autoritários, coercitivos, manipuladores ou hostis por parte de chefes ou superiores hierárquicos em relação aos seus subordinados.


A liderança abusiva pode gerar diversos impactos psicológicos nos trabalhadores, tais como: baixa autoestima, ansiedade, depressão, estresse, burnout, insatisfação, desmotivação, medo, insegurança, frustração, culpa, vergonha, isolamento, alienação, conflitos interpessoais, violência no trabalho, assédio moral e sexual, entre outros. Esses impactos podem comprometer o desempenho, a produtividade, a criatividade, a qualidade de vida e a saúde dos trabalhadores, além de gerar custos sociais e econômicos para as organizações e para a sociedade. Mas como identificar um líder abusivo? Existem alguns sinais que podem indicar um comportamento tóxico por parte do gestor. Veja alguns deles:


Supervisão abusiva: O líder não confia na equipe e está sempre verificando, criticando ou interferindo no trabalho dos outros. Ele pode usar de arrogância, autoritarismo ou agressividade para impor sua vontade ou desqualificar os funcionários.

Opinião superior: O líder se acha melhor do que os outros e não aceita opiniões, sugestões ou feedbacks diferentes dos seus. Ele pode ignorar, desrespeitar ou ridicularizar as ideias dos subordinados, além de não reconhecer seus méritos ou esforços.

Nota: O trecho a seguir destá totalmente em negroto, pois acredito que seja válido destacar o quanto a comunicação deficiente pode impactar nas relações de trabalho, fazendo com que o líder, seja realmente abusivo, por ser confuso e não conseguir transmitir suas ideias.        

Comunicação deficiente: O líder não se comunica de forma clara, objetiva ou transparente com a equipe. Ele pode omitir informações, dar ordens confusas ou contraditórias, não escutar ou dialogar com os funcionários ou não dar retorno sobre o desempenho ou as expectativas.

Favoritismo: O líder trata os funcionários de forma desigual, privilegiando alguns e excluindo outros. Ele pode criar um clima de competição, inveja ou hostilidade entre os membros da equipe, além de não ser justo na distribuição de tarefas, recursos ou recompensas.

Assédio moral: O líder expõe os funcionários a situações vexatórias, constrangedoras ou humilhantes. Ele pode fazer piadas ofensivas, comentários depreciativos, ameaças veladas ou explícitas, isolamento social ou profissional ou violência verbal ou física.

Diante desse cenário, é necessário que sejam adotadas medidas preventivas e corretivas para combater a liderança abusiva no trabalho e promover uma cultura organizacional baseada no respeito, na confiança, na cooperação, na participação, na autonomia e no reconhecimento dos trabalhadores. Algumas dessas medidas são: capacitar os líderes para exercerem uma liderança positiva e democrática; estabelecer canais de comunicação efetivos e transparentes entre os diferentes níveis hierárquicos; criar mecanismos de feedbacks e avaliação justos e construtivos; incentivar o trabalho em equipe e a solidariedade entre os colegas; oferecer suporte psicológico e social aos trabalhadores que sofrem ou sofreram abuso; denunciar e punir os casos de liderança abusiva; entre outras.


Em conclusão, a liderança abusiva é um problema grave que afeta a saúde mental dos trabalhadores e que precisa ser enfrentado com urgência. É preciso valorizar o trabalho como um espaço de realização pessoal e profissional, e não como um ambiente de opressão e exploração. A liderança abusiva não é apenas uma questão individual, mas sim uma questão coletiva que envolve toda a organização e a sociedade.

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