Os KPIs e os KRIs na Gestão Educacional
"If one does not know to which port one is sailing, no wind is favorable" Seneca
Quando uma estratégia é implementada, é de suma importância que as ações tomadas estejam em linha com o desenvolvimento e surgimento dos resultados planejados. A estratégia pode ter um cunho disruptivo, ou seja, calcado na inovação, ou mesmo em uma maior eficiência das operações, que visem agregar mais valor ao cliente final. De qualquer forma, para que uma estratégia seja bem sucedida, é necessário que métricas KPIs e KRIs sejam utilizadas para que a execução da estratégia e a produção de resultados estejam como planejado. Portanto:
KPIs: No inglês, Key Performance indicators, são as métricas que evidenciam se a as práticas que levarão ao resultado estão no caminho certo.
KRIs: Key Result Indicators, nos mostra se os resultados estão como planejados.
Há várias estratégias de gestão que podem ser utilizadas no setor educacional. Uma das que mais aprecio é a da excelência na entrega dos serviços educacionais. Essa estratégia coloca o aluno em foco, garantindo que ele terá todas as ferramentas e oportunidades para a efetiva aprendizagem. Agrega valor ao serviço educacional fazendo com que a relação custo benefício fique mais positiva para o cliente final, o aluno. Assegura que a função da educação será exercida em sua plenitude que é dar ao cliente final a oportunidade de aprender com o suporte profissional da instituição de ensino. Na minha visão, é levar a sério o papel da educação como força catalizadora de inovação, oportunidades e qualidade de vida. A instituição solidifica seu espaço no mercado e sua função social e como consequência colhe uma receita positiva, tanto no curto, médio e longo prazo.
A excelência nos serviços educacionais diminui a evasão de estudantes e aumenta significativamente a propaganda boca-a-boca. Em suma, o aluno recebe qualidade dos serviços educacionais prestados enquanto que a instituição de ensino garante receitas que a possibilitem ter o seu lugar no mercado assegurado. Nessa lógica, usando o exemplo da excelência no ensino teremos, por exemplo:
KPIs: Índices de qualidade do ensino, pesquisa de satisfação dos alunos, tendência de retenção, índices educacionais de aprendizagem, entre outros.
KRIs: Índices de retenção de alunos, percentual de propaganda boca a boca, crescimento de receita ligada a novos alunos, entre outros.
Porém, feito isso, algo que não pode ser ignorado são as ferramentas que irão gerar os KPIs e KRIs. Uma ferramenta que não esteja à altura produzirá efeitos contrários aos desejados. Afinal, pior que não ter dados, é ter dados equivocados.
A gestão educacional quando pautada por métricas KPIs e KRIs tende a ser mais eficiente e bem sucedida. Acompanhar a performance das ações empregadas e a geração dos resultados almejados é fundamental para que desvios sejam encontrados e corrigidos, para que a estratégia ganhe vida na prática e produza os resultados esperados. Sem métricas inteligentes e ferramentas que identifiquem os KRIs e KPIs, a gestão educacional tende a se pautar no empirismo (achismo) do que deu certo e errado. Acredito muito no papel da gestão educacional como força transformadora. Como um impulsionador de eficiência na educação. Entretanto é preciso que seja evidente quais são os objetivos e como se chegará lá. Conhecer os instrumentos que permitirão a alcançar aos resultados. Cito então, as sábias palavras de Franklin D. Roosevelt:
"To reach a port we must set sail –
Sail, not tie at anchor
Sail, not drift."
Julio Cesar F. Vieitas é gerente acadêmico no Centro Britânico Franquias e mestrando em ensino da língua inglesa na universidade de Birmingham, no Reino Unido. Um dos aspectos da educação que mais aprecia é relação entre metodologia de ensino e gestão educacional.