Os novos caminhos para atrair e reter talentos
O panorama do trabalho foi drasticamente alterado com a ascensão do trabalho remoto, catapultando a necessidade de antecipar tendências antes reservadas a um futuro distante. Empresas e gestores se viram diante da urgência de repensar suas estratégias, adotando modelos híbridos de trabalho, reconfigurando espaços de escritório, implementando formas inovadoras de comunicação e até mesmo revolucionando práticas de contratação com a introdução de inteligência artificial nos departamentos de recursos humanos.
Uma pesquisa conduzida pelo Linkedin entre 21 de janeiro a 8 de fevereiro de 2022 revelou que 78% dos brasileiros já reconheciam a necessidade de adotar o trabalho flexível, evidenciando uma mudança de paradigma nas expectativas dos profissionais.
Aos poucos, a busca por qualidade de vida, transparência, comunicação eficaz e inclusão tornou-se um pilar tanto para os colaboradores quanto para os gestores de pessoas. O desafio agora reside em equilibrar aspectos como demissões em massa, implementação de semanas de trabalho mais curtas, retenção ou saída voluntária de profissionais experientes e investimento em treinamento em diversas frentes, a fim de garantir a sustentabilidade da empresa e oferecer um ambiente saudável e psicologicamente seguro para os colaboradores.
O desenvolvimento das habilidades de liderança para enfrentar esse novo cenário tornou-se uma prioridade para as grandes empresas. Especialistas e líderes de mercado, entrevistados em 2022 pela Forbes, enfatizaram a importância do engajamento dos altos escalões na condução de uma mudança eficaz e sistemática em todos os níveis organizacionais.
De acordo com a pesquisa "Tendências de Gestão de Pessoas" realizada em 2023 pelo Great Place to Work, a pandemia catalisou quatro mudanças significativas nos departamentos de recursos humanos: adaptações nas jornadas de trabalho e benefícios, ênfase na liderança, atenção à saúde mental e fortalecimento da comunicação interna. Empresas que não priorizarem a melhoria dos ambientes de trabalho e a oferta de experiências positivas para os colaboradores arriscam perder espaço no mercado.
Além das políticas de inclusão já consolidadas, como as voltadas para negros, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, surgiu a necessidade de abordar questões relacionadas à maternidade.
Segundo dados de um estudo da FAMIVITA com mais de 2.100 mulheres em setembro de 2022, 21% das mulheres sofreram demissões nos primeiros meses após retornarem da licença-maternidade.
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Além disso, as transformações digitais no recrutamento foram aceleradas pela pandemia, consolidando práticas que vieram para ficar. A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impôs novos desafios aos gestores de recursos humanos, exigindo revisões nos processos de armazenamento de dados e treinamentos para garantir a conformidade.
Ainda assim, diversas empresas de recrutamento online e plataformas como o Linkedin impulsionaram o recrutamento virtual. Mudanças que refletem uma crescente preocupação com a saúde e o bem-estar no trabalho. No Brasil, cerca de 71% dos profissionais priorizam esses aspectos.
O déficit de profissionais qualificados para atender a essas demandas é motivo de preocupação, com estimativas apontando para a falta de 408 mil postos de trabalho na área, resultando em perdas significativas para a economia.
Nesse contexto dinâmico e desafiador, as empresas precisam adotar uma abordagem mais proativa e centrada no ser humano para atrair e reter os melhores talentos. O futuro do trabalho depende da capacidade de adaptar-se às novas realidades e proporcionar ambientes que promovam o crescimento profissional e o bem-estar pessoal de seus colaboradores.
Qual é o caminho que está sendo trilhado pela sua empresa?
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