OS PREJUÍZOS DE UMA MÁ CONTRATAÇÃO

Você que contrata, diria que contrata bem ou que pode estar pecando nesse quesito? Qual a sua opinião sobre a qualidade de suas contratações?

Mas afinal, o que é contratar mal ou contratar bem?

Bem, vamos por partes.

Contratar bem é encontrar o candidato ideal para a vaga, que não só tem o famoso CHA, Conhecimento, Habilidade e Atitude desejados, mas também tem o perfil comportamental correto para as funções que irá desenvolver, bem como tem valores alinhados com os da empresa e objetivos pessoais que se alinham com o que a vaga e a empresa oferecem e uma expectativa de ganho inferior ou igual ao que a vaga oferece.

Este profissional não só desempenhará bem sua função, como estará feliz em fazer e estará perfeitamente encaixado com ela, pois suas características pessoais fazem com que ele desempenhe bem sua função, de forma natural, sendo algo que ele está apto a fazer e faz com facilidade.

Este profissional não só entregará o que se espera dele, como deverá se aprimorar e progredir no que faz, fazendo cada vez melhor. Não chegará atrasado nem faltará, pois estará feliz em fazer o que faz e deverá permanecer por muitos anos no cargo e feliz de ali estar.

Mas como você poderia avaliar se está performando bem?

Bem, baseado no que já foi dito, aqui vai uma lista com os 10 principais aspectos a serem avaliados:

1)     O profissional contratado está feliz em sua posição, com respeito à função que atua?

2)    O profissional contratado está feliz em sua posição, com respeito ao pacote de remuneração que recebe?

3)   O profissional contratado está feliz em sua posição, com respeito ao futuro que poderá ter na empresa?

4)   O profissional contratado está entregando o que era esperado, ou até mais do que o esperado?

5)   O profissional contratado está feliz em sua posição e continua se desenvolvendo e se aprimorando profissionalmente?

6)   O profissional contratado não falta nem chega atrasado?

7)   O profissional contratado não vê a hora que o término do expediente chegue?

8)   O profissional contratado se enturmou bem com a equipe e com a empresa?

9)   O profissional contratado passou no período de experiência?

10)                      O profissional contratado permanece após 1 ano da data de contratação?

Com essa lista você já poderá se autoavaliar, como também verificar se está fazendo boas contratações.

Mas o que fazer para contratar bem?

Aí vai uma colinha dos 8 pontos principais que você tem que se atentar para fazer uma boa contratação.

Você precisará achar o candidato que tenha:

1.      Os conhecimentos necessários;

2.     As Habilidades desejadas;

3.    As Atitudes desejadas;

4.    O Perfil Comportamental correto;

5.    Os Valores alinhados com os da empresa;

6.    Os Objetivos Pessoais alinhados com os do cargo e da empresa;

7.     A expectativa salarial, alinhada com a oferecida para a vaga;

8.    E que possa vir e voltar do trabalho no menor tempo possível.

De modo que contratar mal é não atender a um ou mais destes aspectos.

Sem dúvida fazer uma boa contratação não é algo simples, nem trivial. Exige conhecimento e experiência de quem conduz o processo, além de um bom investimento de tempo, energia e recursos financeiros.

Então, será que vale a pena todo esse investimento?

A resposta é, sem dúvida, sim!

Contratações inadequadas se desdobram em uma série de custos, prejuízos e problemas que vão muito além do óbvio, e eu não estou falando apenas de dinheiro. Embora os custos financeiros sejam consideráveis, os desdobramentos de uma má contratação vão muito além do aspecto econômico.

De acordo com a Consultoria de RH Bazz, os custos de uma má contratação podem chegar a até 15 vezes o salário do colaborador.

Sei que isso pode parecer pouco crível, mas vou te explicar onde estão esses custos.

1.                 Falando de custos diretos, temos:

a.    Despesas do processo seletivo, com horas de trabalho do RH e dos gestores;

b.    Exames admissionais;

c.     Permissão para acesso dele em todos os sistemas da empresa;

d.    Uniformes, materiais e equipamentos ou computador;

e.    Treinamento deste novo colaborador que não permaneceu;

f.      Período de Integração;

g.    Todos os salários, benefícios e encargos pagos no período em que esteve;

h.    Tudo isso totalmente desperdiçado, podemos dizer que jogado no lixo;

i.       Baixíssima produtividade ou as vezes até nenhuma, neste período;

j.       Custos de desligamento, incluindo salários, 13º, férias proporcionais e indenizações;

k.    E exames demissionais.

Pegue um papel aí e faça as contas de quanto isso dá...

Mas calma, os prejuízos não param por aí:

1.      Você ainda vai ter todas as despesas de um novo processo seletivo, até achar o candidato ideal e, se não investir tempo, energia e consequentemente dinheiro neste novo processo, irá passar por tudo isso novamente, percebe?

Mas os problemas continuam, pois os prejuízos não se limitam apenas nos recursos financeiros, há também custos indiretos e outros impactos que uma má contratação gera, como por exemplo:

1.                 Baixa produtividade;

2.                Atrasos em entregas;

3.                Insatisfação de clientes;

4.               Sobrecarga de outros colaboradores;

5.                Impacto na motivação de outros colaboradores;

6.               Falta de engajamento do time;

7.                Desmotivação da equipe;

8.               Desgaste da imagem do RH;

9.               Dentre outras coisas...

Além disso, a alta rotatividade de colaboradores pode criar a percepção de que a empresa não é um bom lugar para se trabalhar, prejudicando a imagem e a marca da empresa no mercado bem como sua capacidade de atrair talentos no futuro.

Diante de tantos problemas e prejuízos decorrentes de uma má contratação, fica evidente que errar ao contratar não pode ser uma opção, mesmo porque,  o sucesso ou o fracasso de uma empresa está intimamente ligado à qualidade do seu quadro de colaboradores e se todos eles entram pelo RH, podemos dizer que o sucesso ou o fracasso de uma empresa está intimamente ligado às contratações que são feitas.

Neste mundo cada vez mais competitivo e de alta performance, encontrar o colaborador correto e fazer uma boa contratação é cada vez mais essencial para o sucesso de qualquer empresa.

Ao mesmo tempo que uma má contratação traz prejuízos, uma contratação acertada é algo maravilhoso e em muitos casos, funciona como uma injeção de energia positiva na empresa.

Um novo colaborador, fruto de uma boa contratação, que se encaixa bem no cargo, começa a fazer com que aquelas atividades que estavam paradas, andem com velocidade e produtividade, porque ele está bem encaixado na função.

E isso tem o poder de transformar o clima do local de trabalho, do departamento, trazer novas ideias, redefinir padrões e elevar o ânimo de toda a equipe.

Isso não se limita apenas a benefícios intangíveis. Uma contratação bem-sucedida resulta ou em economia ou em um aumento na produtividade, o que significa receitas adicionais.

Sim, pois bons colaboradores, bem encaixados em seus cargos e funções, fazem toda a diferença e constroem empresas de sucesso e lucrativas.

Certo consultor de Recursos Humanos disse: “Contratar bem é tão importante, seja para qual cargo for, que toda vaga deveria ter o candidato escolhido, validado pelo presidente da empresa.”

Seria bom se isso fosse possível, não é mesmo?

No entanto, poderá ter isso em mente, quero dizer, pensar se o presidente da sua empresa aprovaria ou não esse candidato. Fica a dica.

Agora, já parou para pensar por que empresas gigantes como Google, Microsoft, Facebook, Apple e outras, têm tanto sucesso?

Eu vou te contar e o segredo é simples: porque elas sabem contratar.

Além disso, uma contratação bem-sucedida ajuda a reforçar a reputação da sua empresa. Isso vale não apenas entre seus funcionários, mas também no mercado em geral. Quando você contrata a pessoa certa, seu negócio prospera, aumenta e a notícia se espalha, fazendo sua empresa se tornar mais atraente para futuros talentos, parceiros e até mesmo para clientes.

Na verdade, são como duas espirais:

a)   uma descendente, que surge quando se contrata mal, criando um quadro de colaboradores mal encaixados em seus cargos e funções, insatisfeitos e que consequentemente trazem prejuízos à empresa;

b)   e outra ascendente, que surge quando se contrata bem, criando um quadro de colaboradores satisfeitos, bem colocados em seus cargos e funções, engajados e que criam uma empresa lucrativa.

Mas espera, se os prejuízos de se contratar mal são tão claros, ao passo que os benefícios de uma boa contratação são tão evidentes, por que se continua a falhar e a errar nas contratações?

Ocorre que, infelizmente, achar o candidato ideal para sua vaga não é uma tarefa fácil.

E este é, talvez, um dos maiores desafios do RH.

No próximo artigo vou elencar alguns motivos comuns que nos levam a falhar nesse processo tão importante.

hashtag#RH hashtag#CONTRATARBEM hashtag#RECRUTAMENTO hashtag#RECRUTAMENTOESELEÇÃO hashtag#CONTRATAÇÃO hashtag#TALENTOS hashtag#CONTRATAR hashtag#ATS