Outubro rosa, novembro azul... dezembro nebuloso
Eu quero convidar você, que está diante dessa tela, para uma breve reflexão sobre algumas questões muito comuns nos dias de hoje, desde a transformação de nossas vidas pelo coronavírus.
- Você ou alguém próximo perdeu o emprego ou teve redução de renda?
- O home office ou as aulas on-line invadiram a rotina do lar?
- Colocar o pé fora de casa virou uma terrível ameaça, para você ou algum parente ou amigo?
- A incerteza do futuro que nos aguarda é uma preocupação assídua em seus pensamentos?
- A Covid-19 tirou a vida de pessoas próximas, da família ou do convívio social?
- E, finalmente, por quanto tempo você acredita que é possível alguém conviver com algumas das situações descritas acima sem se abalar emocionalmente?
Na publicação anterior, “O Mundo no Divã”, eu relatei a preocupação com o impacto da chamada “quarta onda” da pandemia sobre a humanidade. Na ocasião, foram citadas informações sobre o quadro que se avizinha de todos nós, sob efeito das perdas, transformações e incertezas no rastro do coronavírus. Há um grande clamor científico pela tomada de medidas imediatas para evitar um desvario coletivo. E agora volto ao tema, depois de ver o resultado de uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre a saúde mental.
Diz o estudo, feito em agosto, mas publicado mais recentemente, que 93% das 130 nações consultadas interromperam os serviços essenciais de saúde mental. E tal informação vem à tona justamente no momento em que vários países voltam a adotar restrições de circulação por causa da segunda onda da “pandemia”. Estados Unidos, Inglaterra, França, Portugal, Itália são exemplos dessa “recaída”.
Dezembro se aproxima, com toda atmosfera das festas de fim de ano comprometida pela estagnação do mundo diante de um inimigo sorrateiro e cheio de mistérios. Repito: como será o Natal ou o Réveillon sem décimo terceiro, sem mesa farta, sem presentes, sem perspectivas e, infelizmente, com tantas famílias enlutadas?
Aqui, no Brasil, a queda dos registros de casos e óbitos em diversas regiões traz a falsa sensação de segurança para a retomada parcial das atividades. Será? O Ministério da Saúde liberou, ainda em setembro, cerca de R$ 650 milhões para os municípios investirem na compra de medicamentos e tratamentos de distúrbios mentais decorrentes dos impactos sociais da pandemia. A intenção pode ser boa, mas a dose fica muito aquém. No entanto, não devemos concentrar a responsabilidade no governo. As empresas, a rede de saúde – médicos, hospitais, operadoras etc. – devem se mobilizar.
Se a solução definitiva é a vacina, teremos que ter paciência para esperar pela imunização segura, anunciada pelo meio científico e não na guerra verbal e oportunista dos governantes. E até lá, não há como escapar da onda de surtos de toda ordem. Idosos desconectados do mundo externo, crianças à margem da educação e da sociabilidade, jovens com sonhos suspensos, adultos sob a nuvem do desemprego, do orçamento apertado. Isso sem falar nas consequências do fim dos benefícios e auxílios emergenciais, das doenças deixadas de lado que logo vão entregar a “conta”.
Por outro lado, entre os mais abastados tem gente pagando caro para fazer dar uma “voltinha de avião”. São os voos sem destino, em que o passageiro embarca em uma aeronave que faz um sobrevoo limitado e volta para o mesmo local da decolagem. Apenas para matar a saudade de voar. Aliás, o turismo do isolamento é uma tendência. Famílias buscam refúgio nas florestas, nos desertos, em ilhas e outros refúgios naturais. Ou então recorrem aos campings e motorhomes. Afinal, as doenças mentais não fazem vítimas de acordo com o saldo bancário.
Agora cabe mencionar um dado bem relevante do estudo da OMS. Uma estatística para demover aqueles que veem exagero no alerta em questão. Diz a pesquisa que “estimativas pré-COVID-19 revelam que cerca de US$ 1 trilhão em produtividade econômica é perdido anualmente apenas com a depressão e a ansiedade. No entanto, estudos mostram que cada US$ 1 gasto em cuidados baseados em evidências para depressão e ansiedade, US$ 5 retornam”.
Então, se a razão sanitária, por si só, não for suficiente para vencer a resistência em se antecipar ao caos mental que nos ameaça, eis aí um inquestionável estímulo financeiro.
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1 mBacana!
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5 mMarcelo, thanks for sharing!
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6 mMarcelo, obrigado por compartilhar!!!
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