E março de 2021 chegou...
“São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração”
Entrar no mês de março após os eventos do “Não-Carnaval” de 2021, sem aquelas histórias de blocos ou pessoas fantasiadas nos transportes públicos brincando uns com os outros, tampouco houve conversas sobre os desfiles e como as escolas performaram na Avenida, se tornaram motivos de reflexão para muitos cariocas que apreciam essa época. Este ano também não houve os mesmos encontros e o espírito de lazer de reunir várias pessoas do convívio para fazer uma churrascada ou mesmo jogar videogame, UNO ou RPG.
O que aconteceu este ano foi um feriadão silencioso, não falo dos negacionistas de plantão da COVID-19, mas sim, de pessoas conscientes da pandemia e da necessidade da não aglomeração, não estar na multidão ou em festas e blocos clandestinos.
Estamos num período de enfrentamento de vários ataques à população: desemprego em níveis alarmantes, alimentação e gasolina com preços absurdos, a desigualdade social disparada e a crueldade da política brasileira não deixando de nos surpreender, além da angústia impulsionada pelo coronavírus. Uma frase propagada no mundo virtual e nas conversas entre amigos diz que ser brasileiro já é um ato de sobrevivência e acredito ser muito verdadeira, pois sobreviver aos atos violentos e terroristas dos atuais governantes brasileiros com sua indiferença às necessidades mais importantes da população, já mostram a profundidade e verdade dessa frase.
No trabalho não é diferente, para quem trabalha fora de casa, percebo o quanto as pessoas estão aquém das medidas de segurança e saúde, deixaram de usar máscaras e tampouco álcool gel com frequência, é como se a COVID-19 não existisse mais. Tais equívocos trarão consequências para a própria população, sei que muitos governantes não estão se importando conosco, mas não precisamos repetir esses atos destrutivos.
Os tempos pandêmicos não só apontaram o mal-estar real que vivenciamos em nossa sociedade, mas também o quanto precisamos nos direcionar ao cuidado do outro e não apenas aos nossos interesses e convicções. Ainda é necessário ter consciência, ainda é necessário se proteger e proteger o outro, ainda é necessário não aglomerar... A vacina está chegando, falta pouco, mas AINDA É NECESSÁRIO.