Padrões para patrões ou o meteoro está chegando
Eu não consigo me controlar mesmo. Não é minha praia, mas como gestor com alguns cabelos brancos, não posso deixar passar.
Tudo começou em um bate papo que eu tive numa padaria na sexta-feira passada e de um outro enquanto almoçava no domingo anterior às eleições municipais. Falávamos sobre os meus novos desafios e o quão diferentes eles são em comparação com tudo o que eu já fiz até hoje. Não pelas atividades em si, mas pela forma de me relacionar com o mundo. Quão grande é o desafio de adaptação mental e comportamental.
Alguns exemplos que falamos: horário versus resultado, presença física versus home office, códigos de vestimenta com “casual day” versus bom senso, homofobia, bebida, drogas recreativas e outros assuntos que toda empresa diz ter endereçado, mas que muitas, na verdade, apenas passam de raspão.
Com isso, em breve, teremos um natural desabastecimento de profissionais. Sim, o tão falado "apagão de recursos" não será por falta de qualificação, mas por falta de interesse dos profissionais em entrar para as empresas. E isso já está ocorrendo.
Graças a Zeus tem empresas que começam a perceber e a mudar. Algumas pessoas de Recursos Humanos já acordaram para o novo mundo. Tem gente, e eu sou um sortudo danado por ter podido conhece-las, que transformam uma entrevista em um bate papo tão gostoso, que a vontade é continuar ali e já começar a trabalhar logo ao final. Pessoas sábias, que ao longo do bate papo detectam se você, neste momento, está adequado ou não ao momento da empresa.
Por outro lado, tem muitas pessoas que ainda são da época do “me diga suas três qualidades e seus três defeitos”. Essa ilustração acima é um retrato deste pessoal. E hoje quando eu estava no LinkedIn ela pulou na minha frente. Chegou a doer. E daí que eu gesticulo demais?! Porque minha camisa vermelha não pode ser usada?! E daí que eu mudo de posição?! Porque sempre as mesmas perguntas, que as pessoas treinam para responder, como papagaios?!
Não estou pregando a anarquia, mas estou pregando a evolução. Repensem a forma de atrair e motivar os novos profissionais ou, invariavelmente, vocês ficarão sem novos profissionais. Na Globo, no Jornal Hoje mais precisamente, semanas atrás, teve uma série onde eles acompanhavam um processo seletivo para uma vaga de Assistente de Marketing. Me impressionou muito quando o RH desta empresa disse que “o candidato não parecia ter senioridade para tomada de decisão e por isso era melhor seguir com outra candidata”. Me pergunto que nível de senioridade na tomada decisões é esperado de um Assistente de Marketing. Provavelmente ele deve ter cruzado os braços em algum momento da entrevista...
Tem um meteoro vindo rápido em direção às empresas e quem não acordar e evoluir está fadado a extinção. Não seja um dinossauro. Seja mamífero.
Especialista em Marketing | E-commerce e Gestão de Marketplace | Trade Marketing | Estrategista Digital | Gestão de Performance e KPIs
8 aTenho feito algumas entrevistas e percebo que a grande maioria das empresas ainda tem este perfil, outro dia em uma entrevista para uma empresa super "famosa", a recrutadora disse que eu era muito dinâmica e cheia de idéias e por esse motivo me frustaria rapidamente...soube naquele instante que estava fora! Uma pena...