A pandemia do invisível
Estamos testemunhando em tempo real um pedido estridente de mudança no eixo de valores do Mundo. O efeito rebote de um sistema patriarcal, que constitui riquezas destruindo recursos, fomentando cadeias de privilégios e pautado na perfórmance material, é invisível aos olhos.
Um vírus letal resultado de um processo ganancioso de exploração da vida em feiras de animais silvestres na China, se espalha pelo ar, rasga as estruturas ao derrubar fronteiras geopolíticas e tira proveito dos sistemas pelos quais nos organizamos; se alastrando e destruindo, atravessando o tempo que há séculos tentamos cada vez mais controlar.
O recado está dado. O que nos une e destrói é invisível. Olhávamos apenas para um lado da moeda, creditando o desenvolvimento do mundo a ciência materialista, o ver pra crer, o mundo concreto, a perfórmance, a produtividade. E assim, as competências humanas não tangíveis, explicáveis ou mensuráveis como intuição, sensibilidade e empatia, foram renegadas a um campo periférico, nos transformando em seres multi-tasks, máquinas de perfórmance cognitiva e física. Enrijecemos e então adoecemos enquanto indivíduos e corpo social. E num mundo "over" tudo, foi preciso um contágio de proporções avassaladoras para nos fazer parar e refletir sobre a saúde do tecido que nos constitui, cerca e une.
Estamos em quarentena. Uma fissura no espaço e tempo. Nos isolamos do mundo, no escuro de nossas casas. Temos agora a oportunidade de olhar para dentro e acelerar as nossas competências mais humanas, nos re-conectando com a capacidade de sentir, olhar nos olhos, escutar, reaprender a intuir e então questionar sobre quem devemos seguir se quisermos seguir bem. A luz apagou. Esse toque de recolher nos providencia escutar o vácuo e enxergarmos o que tem no escuro.Viver, aprender e agir, requer lucidez. Despertemos: baixemos a pressão da produtividade, do homem Ritalina, da meta cognição. Escutemos mais música, dancemos no tapete da sala sentindo os movimentos involuntários do corpo. Mais poesia, filmes...Nos emocionemos mais e nos conectemos de forma mais íntima e profunda com os nossos.
Esse é um momento simbólico que nos chama a legitimar uma nova ética, desperta e pautada pelo invisível e tecer em coletivo um sistema que valorize competências subjetivas e exclusivamente humanas - sensibilidade, compaixão, intuição, criatividade... O Mundo clama por criarmos uma nova realidade de forma mais criativa, fluida e sensível. O potencial criador do homem nunca foi tão requisitado e colocar as nossas vidas emocionais em harmonia, reanima a alma criativa que padece de extrema racionalidade. O Mundo precisa do nosso compromisso em empreender essa nova ética, que começa no tempo do nosso silêncio, reaprendendo a nos escutar e identificar os chamados mais íntimos da nossa alma.
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4 aLidar com a mudança e o recomeço das diversas esferas que a mente humana tem como convictas! Invisível a lição, como quando perdemos algo que nos faz mudar e sem poder ver denovo. Vale a reflexão e parabéns pelo post.
So proud of you 💚
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4 aIsso mesmo
Artificial Intelligence Artist, Educator and Speaker ✨ Autor🎖 Finalista do Prêmio Jabuti | Diretor de Criação | Co-fundador Queremos! | Mesa Leader
4 aÉ ISSO!! 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Executive Business Director | Mãe da Jojo e da Manu
4 aExcelente 👏🏼