Panorama Econômico / 1ª Semana de Setembro
Na semana passada tivemos divulgações de dados econômicos importantes que refletem a cautela dos mercados no exterior e esperança na trajetória brasileira.
A começar pelos Estados Unidos, que divulgou o PIB do 2º trimestre de 2023 revisado abaixo do esperado e abaixo da 1º prévia. Com crescimento de 2,1% sobre o mesmo trimestre do ano anterior, o resultado ficou abaixo dos 2,4% projetados por economistas. Ainda sobre a economia norte-americana, a inflação dos gastos (PCE) não surpreendeu e ficou em linha com o esperado, porém não desacelerando, o que era o desejado. O que pode continuar pressionando a inflação é o mercado de trabalho que continua forte, gerando mais vagas de emprego que o projetado.
Na Zona do Euro a inflação continua forte, com resultado mensal e em 12 meses acima das expectativas e aceleração dos núcleos (inflação retirando energia e alimentos), índice usado pelo Banco Central Europeu.
Para encerrar os destaques internacionais, tivemos divulgação de pesquisa com empresas na China para entender a dinâmica econômica (PMI), e os resultados foram mistos. No setor industrial temos a indicação de retração econômica, porém com dados melhores que o esperado. No setor não manufatureiro, temos a indicação de expansão econômica, porém com dados piores que o esperado por analistas. Com isso, as autoridades chinesas respondem indicando estímulo na economia para voltar a crescer.
Mesmo durante uma semana com dados mistos, as bolsas globais performaram bem, com destaque para as empresas de tecnologia Estadunidense e bolsa japonesa.
No Brasil tivemos a divulgação acima das expectativas do PIB do 2º tri/23 com crescimento da economia frente ao mesmo trimestre do ano anterior de 3,4% ante 2,7% esperados. Com crescimento da agropecuária em 17% e consumo das famílias em 3% influenciados pela queda da inflação, reajustes nos programas de distribuição de renda, melhora no mercado de trabalho e aumento de crédito.
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Tivemos também divulgação de vagas de emprego pelo Caged que mostram saldo positivo e acima das expectativas na criação de empregos.
Com o aumento do risco global dada a possível desaceleração chinesa e alta de juros nos Estados Unidos, a expectativa de juros no Brasil se eleva nos vencimentos mais longos, enquanto para 2024 cai com Copom sinalizando queda.
Com isto – risco global – o real perde valor para o Dólar e demais moedas relevantes no mundo.