Para gerar valor no campo, conhecimento é o diferencial

Na imagem, o registro de uma taipa em uma lavoura de arroz. Cenários contrastantes, separados por mais de 100 mm de chuva, que impediram a reentrada na área e a continuidade da estratégia de manejo de plantas daninhas planejada, que tinha como componente, dentro de um programa de manejo integrado, o uso de herbicidas com ação pré-emergente. Embora fruto de um evento meteorológico específico, a condição exemplifica perfeitamente um cenário recorrente.

A grande eficiência inicial e a comodidade de tecnologias focadas em pós-emergência reforçaram a reticência do campo com os herbicidas posicionados em pré-emergência, voltando quase todas as fichas para o manejo após o recrutamento das plantas daninhas.

Além do custo por hectare, R$ 211 da estratégia inicialmente planejada contra R$ 572 (apenas herbicidas + adjuvantes), fica evidente a competição já estabelecida. Ainda, as prováveis falhas possibilitarão a produção de sementes, alimentando o banco de sementes do solo e permitindo a dispersão de possíveis genes de resistência.

São escassos os casos de resistência de plantas daninhas aos mecanismos com ação pré-emergente e observadas as possibilidades de carryover (efeito sobre culturas subsequentes), estes devem estar no planejamento da lavoura. Devemos também olhar com cautela para a composição e distribuição do banco de sementes do solo, teores de argila e matéria orgânica, preparo do solo, características da palhada, volume de calda e pontas de pulverização, dentre outros fatores. E é claro, o teor de umidade do solo, uma vez que grande parte do sucesso dessa operação está apoiada no ponto de que as sementes das plantas daninhas precisam ter condições para germinar.

Em tempo, uma aplicação de herbicida só gera valor se entregar resultado. Do contrário, é apenas gasto. Conhecimento é o diferencial.