PARA QUE SERVE O ESTÁGIO?
Qual a finalidade do estágio? Em que ele contribui para a formação do estudante? Quais as vantagens das instituições ao contratar estagiários?
Existem empresas que tão somente prospectam estudantes para estágio, com o propósito de reduzir custos e obter mão de obra barata. Utilizam os “serviços” destes para suprir lacunas do seu quadro funcional e realização de atividades de mero expediente.
Quem já não recebeu determinação do orientador/superior para ficar extraindo cópias reprográficas ou buscando os lanches oferecidos nos períodos intervalares. E o estagiário, ávido por uma oportunidade, aceitando passivamente estas incumbências... É possível recordar? Incômodo contexto, não?
E, em contrapartida, aquele, estagiário indisposto e acomodado que não externa fome pelo aprendizado, preferindo, na primeira oportunidade, entreter-se com o Facebook e Whatsapp. Não é verdade?
Muitas vezes, também, os agentes de integração e as empresas contratantes vendo-se obrigadas a lidar com os chamados estagiários “profissionais”.
Aqueles que, por pura opção, permanecem cursando o mínimo de matérias exigidas pela graduação durante o semestre para tão somente reunir os requisitos e concorrer a vagas de estágio, em que a competitividade é menor.
Todos estes cenários decorrem da falta de noção das partes envolvidas quanto ao seu respectivo papel na relação que ora estamos comentando.
Sou partidário da opinião de que o estagiário necessita, desde o primeiro dia, ser exposto à engrenagem da empresa, incumbido de pesquisar, acompanhar reuniões, entender o funcionamento da instituição, enfim, provocado a buscar o conhecimento. Este ponto é primordial.
E à empresa cabe conduzir este processo. Para tanto, necessário que desenvolva a mentalidade de que a função primeira do estágio é exatamente proporcionar aprimoramentos ao estudante.
Torna-se fundamental o investimento na capacitação de líderes que reúnam melhores condições de lidar com iniciantes. Não é suficiente ter apenas conhecimento técnico. Um gestor deve saber orientar e transmitir ensinamentos.
Se assim for feito, em um espaço curto de tempo, surgirá alguém mais preparado para colaborar com a solução de problemas do dia a dia e, um pouco mais adiante, quem sabe, a empresa possa desfrutar do apoio de um profissional qualificado que ajudou a formar.
Por sua vez, ao estagiário, na execução de suas tarefas, cumpre empregar motivação, vontade de vencer, de aprender detalhadamente o funcionamento da empresa, desde a simples rotina até a mais complexa atividade, enfim, buscar, desde logo, a visão do todo.
Você, leitor, recorda do texto “A ESCOLHA DA CARREIRA. UM MUNDO DE OPORTUNIDADES”? Ali constam dicas de como encontrar o caminho certo a seguir, o que estará gerando o combustível para a dedicação a qual me refiro!
As escolhas e ações estão interligadas. Lembre-se disso! O mundo corporativo é uma roda que gira a partir de suas definições.
Vontade de aprender e de contribuir é o mínimo que o estagiário carece apresentar quando contratado. Por isso, jamais coloque estes atributos em seu currículo, pois se tratam de obrigações, não diferenciais!
Basta de frustrações!!! Se você, amigo leitor, agora na condição de estagiário, não estiver sentindo que seu orientador/superior o está integrando à rotina da empresa, dialogue com ele, peça respeitosamente que compartilhe os acontecimentos com você. Tenha certeza que “feedbacks” reversos como este serão considerados e valorizados.
Mude o contexto! Faça com que a expressão “o estagiário” deixe de ser depreciativa para tornar-se sinônimo de futuro!
Agindo desta forma, a resposta ao título deste artigo será a de que o estágio serve como alicerce da carreira, ou a mola propulsora para uma vida profissional de sucesso.
Texto originalmente publicado em: O QUE FAZER DA VIDA