Parcerias, Conveniência ou Lei de Gerson?
No papel de Facilitador que um Consultor de fato ocupa, muitas vezes articulamos parcerias não vislumbradas ou difíceis de tangibilizar em propostas de ações concretas pelas partes diretamente envolvidas.
Aliás, uma das áreas menos exploradas pelos gestores na maioria dos projetos em que atuei tanto como Executiva como agora pela Abrindo o Olhar é a de Parcerias Estratégicas, tanto internamente quanto com outras empresas. Mas já há bons especialistas nisso.
É difícil dar conta de tudo o que precisamos fazer no dia-a-dia e ainda pensar em como é o andar “do outro” para identificar sinergias para uma relação-ganha-ganha. Assim, acabamos recorrendo a ferramentas mais usuais de estratégia nos negócios ou recursos do Marketing clássico e Comunicação para vencê-los.
Noto também , que é uma prática. Precisamos pensar sempre, conversar com outras empresas e pessoas, expandir mesmo as conexões até encontrar “match” em alguns projetos e negócios.
Para ilustrar, nesta última semana o @Meio&Mensagem - edição especial de aniversário - trouxe alguns exemplos de parcerias muito interessantes no mercado de Streaming, tais como a entrada da Disney+ no Brasil em parceria com operadores e até outros players concorrentes como a Globoplay, como forma de acelerar a escalada de acessos a assinantes. Outro exemplo bacana foi a Casas Bahia e o Paramount+. A rede precisava ampliar sua base de usuários no aplicativo e contatos via whatsapp, e ofertou uma assinatura do canal por cadastramentos e contas através desse meio. O Mercado Livre e Mercado Pago também aproveitaram a chegada do Disney + para oferecer oferta conjunta desde formas de pagamento e facilidades para os usuários do e-commerce.
Um jeito de começar e que recomendo para alguns clientes e parceiros é usar o Canvas de Modelagem de Negócio como um “Status” de Gestão do seu projeto, negócio ou serviço em momentos mais rápidos de revisão de estratégia . Os 9 pilares da construção do Canvas Model trazem uma reflexão se está indo no rumo inicial ou se adaptando ao que o mercado vem se desdobrando, e tem o pilar PARCERIAS ali, te desafiando a pensar novas maneiras de expandir o negócio.
Mas não tenho dúvida que o principal aspecto para desenvolver boas e novas parcerias é abrir a cabeça para relações comerciais novas. Entender que há muitas maneiras de se ganhar, muitas vezes começando com menos, e especialmente quando mais gente ganha junto. Se não aposentarmos a cultura de negócios da “Lei de Gerson” – onde só um quer ser esperto e ganhar tudo – dificilmente teremos desenvoltura para enxergar oportunidades de crescimento exponencial através das parcerias.
Já olhou suas possibilidades de parceria estratégica essa semana?
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