Payroll calibra apostas de cortes de juros nos EUA; Biden tem fim de semana decisivo
E os Mercados Hoje?
Ativos de risco globais estão abrindo a última sessão da semana em tom positivo, com índices futuros de NY de lado em torno das máximas, antes da divulgação de dados cruciais sobre o mercado de trabalho nos EUA. Recentemente, leituras de dados econômicos mais fracas reacenderam esperanças de que o Federal Reserve cortará as taxas de juros, possivelmente já em setembro. Paralelamente, o dólar enfraquece e os rendimentos dos títulos do Tesouro recuam.
Sobre o Nonfarm Payrolls (NFP) nos EUA: Espera-se que o relatório de empregos mostre uma redução nas contratações em junho, juntamente com uma moderação no crescimento salarial. A taxa de desemprego deve permanecer em 4%, o maior nível em mais de dois anos. Um resultado em linha deve animar investidores, que tem aumentado apostas em um corte da taxa americana já em setembro.
Na política, o presidente Joe Biden enfrenta um fim de semana crucial em sua carreira política, necessitando restaurar a confiança de eleitores, doadores e oficiais do partido, atualmente céticos quanto à sua acuidade. Biden tem uma entrevista com a ABC News nesta sexta-feira (20h), a primeira em um formato não roteirizado desde que teve dificuldades no debate. Ele também visitará dois estados decisivos — Wisconsin e Pensilvânia.
Do outro lado do Atlântico, a libra e as ações do Reino Unido estão em alta após a vitória esmagadora do Partido Trabalhista nas eleições gerais do país. O Partido Trabalhista obteve uma grande maioria parlamentar, encerrando 14 anos de governo do Partido Conservador. Isso se deve em parte ao aumento do apoio a partidos menores, incluindo o Reform UK, que ajudou a reduzir os votos conservadores.
Com relação às commodities, o petróleo é negociado perto da máxima de dois meses, com o furacão Beryl prenunciando uma temporada mais severa de tempestades, em meio à redução dos estoques nos EUA. Já o minério de ferro caiu, interrompendo uma sequência de altas, enquanto investidores ponderam a sustentabilidade da recuperação da demanda chinesa.
Por fim, no Brasil, agenda de indicadores está vazia após o forte rali dos ativos domésticos com os cortes de gastos anunciados pelo governo, que aliviaram as apostas de alta da Selic. Em Brasília, o presidente da Câmara busca votar a regulamentação da reforma tributária na próxima semana. Lula, Haddad e Galípolo cumprem agendas em São Paulo.
Agenda Brasil
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Agenda Internacional
03:00 – Alemanha – Produção industrial SAZ M/M (Mai) -2,5%; Proj: 0,2% (Anterior: 0,1%)
03:00 – Alemanha – Produção industrial WDA A/A (Mai) -6,7; Proj: -4,3% (Anterior: -3,7%)
06:00 – Zona do euro – Vendas a varejo M/M (Mai) 0,1%; Proj: 0,2% (Anterior: -0,2%)
06:00 – Zona do euro – Vendas no varejo A/A (Mai) 0,3%; Proj: 0,1% (Anterior: 0,6%)
06:40 – EUA – Discurso J. Williams (Fed NY)
09:30 – EUA – Variação folha de pag não agrícola (Jun); Proj: 190k (Anterior: 272k)
09:30 – EUA – Variação na folha pgto de manufaturados (Jun); Proj: 10k (Anterior: 8k)
09:30 – EUA – Taxa de desemprego (Jun); Proj: 4,0% (Anterior: 4,0%)
09:30 – EUA – Média de ganhos por hora M/M (Jun); Proj: 0,3% (Anterior: 0,4%)
09:30 – EUA – Média de ganhos por hora A/A (Jun); Proj: 3,9% (Anterior: 4,1%)