Pelo fim do preconceito contra a idade
Quando as organizações vão começar a enxergar seus profissionais a partir da sua entrega, e não da sua idade? É triste continuar com essa percepção em pleno ano de 2017, mas infelizmente o mercado ainda não sabe o que fazer com os profissionais com mais de 50 anos – e quem dirá com os que passaram dos 60.
Percebo que existe um crescimento do número de aposentados que são contratados como prestadores de serviço, assim como ouço, vez ou outra, casos de empresas que estão fazendo esforços para contratar funcionários com mais de 50. Mas sei que esse movimento ainda está muito distante de ser uma tendência.
Infelizmente, muitas empresas ainda têm a visão preconceituosa de que as pessoas mais velhas são profissionais desatualizados, com dificuldade de adaptação às novas tecnologias e resistentes ao novo. Parece que o universo corporativo ainda trata os sessentões como se fossem velhinhos de bengala incapazes. Agora vamos lá, faça um exercício: pense nas pessoas que você conhece (ou em você mesmo) na faixa dos 60-65 anos e me diga se essa impressão de velhinho realmente se confirma.
Pois vou dizer que a maior parte das pessoas com 60 anos que eu conheço é absolutamente capaz, ativa, jovem de cabeça, atualizada e produtiva. Além, claro, da super bagagem que traz nas costas e a enorme capacidade de contribuir.
Mas o que acontece com essas pessoas? São descartadas pelo mercado.
Não podemos nos esquecer que a população brasileira está envelhecendo e a nossa jovem pirâmide populacional está se invertendo. Segundo um levantamento do Ipea, o Brasil deve envelhecer nos próximos 30 anos o que a Europa levou séculos. Em 2040, mais de 57% da população em idade ativa terá mais de 45 anos. Não se pode ignorar esse fenômeno social.
Está na hora das empresas aprenderem a aproveitar melhor tanta sabedoria, networking e experiência que está disponível por aí. Seja encontrando formatos mais flexíveis de trabalho, novos modelos de contrato ou diferentes maneiras de se relacionar com essas pessoas.
O importante é quebrar esse paradigma atual das práticas e políticas de recursos humanos e acabar com o preconceito contra a idade. Afinal, o novo cenário está logo ali e o mundo terá de se adaptar a ele. Que o faça da forma mais inteligente possível.
Consultor Sr.: Inovação Tecnológica e Sustentabilidade, Ecossistemas e Blockchain.
5 aOlá. No início de 2017 preenchi mais de 60 formulários, em busca de uma nova colocação profissional. Nenhuma resposta positiva. Então resolvi estudar o tema BLOCKCHAIN/Criptomoedas sociais e criei, com alguns sócios, a empresa start up ECOCHAIN. Em paralelo, fiz um pós doutorado na Faculdade de Engenharia de Produção da Poli-USP, que já estou concluindo. Neste ano de 2019 voltarei ao mercado. Vamos em frente... Antonio Limongi - e-mail: antonio.limongi@hx8.com.br.
Diretor na Boomer Comunicação
6 aNum país em que a maioria da população terá 50 anos ou mais, o mercado, inclusive o de trabalho, terá de se adaptar. Nem que seja por osmose, afinal a força do mercado consumidor também estará nessa faixa etária. Não sei como uma empresa que tem preconceito com profissionais acima de 40, 50 anos ou mais, vai encarar a ampla população de seus consumidores nessa mesma faixa.
Reparos de autos há + 30 anos como Técnico em carrocerias, Orçamentista, Consultor, Encarregado de Oficina ao cliente e seguradoras
6 aInfelizmente esse preconceito e discriminação realmente existe. Há ainda empresas com superiores de uma mente impensante, onde não valoriza o trabalhador com bagagem de experiência e assim pensa que pode contratar auxiliares que aprenderão na empresa e que posteriormente estarão executando o mesmo trabalho. Infelizmente isto existe!
Gestão Tributária, Fiscal, Jurídica, Administrativa
6 aOi Vick, "O importante é quebrar esse paradigma atual das práticas e políticas de recursos humanos e acabar com o preconceito contra a idade." Acho que já começa bem antes de 50 anos.
--Psicóloga Psicoterapeuta e Bacharel
6 aMais do que nunca, temos grandes talentos desperdiçados por aí, por preconceito e falta de visão do que se espera de um bom profissional. Até que idade poderíamos "descartar " a extensa expertise de um cidadão ? Derrepente, as experiências e a maturidade se tornam relativas? Por quais motivos? Há de se analisar esse comportamento muitas vezes até cultural.