Pensa em um quarto de século.

Cumékié? Sim, é isso. Um quarto de século, um quadrante, 100 quartis, 25 anos ou como queiram. O fato é que hoje assopro muitas velinhas comemorando anos de IBM.

Ainda posso lembrar o dia que o Rui, irmão do cantor Ney Lisboa e nosso executivo na época, me entrevistou e convidou para fazer parte da família Big Blue. No mesmo ano em que o enxadrista russo Garry Kasparov era destronado pelo Deep Blue, o supercomputador da IBM, em 1997.

De lá pra cá, muita água rolou por baixo dessa ponte chamada vida...

Mudei de cidade e função mais de uma vez, aceitei vários desafios, vários clientes vieram, projetos e soluções, descasei e casei, o filho cresceu, os cabelos grisalhos vingaram, conheci gente, muita gente, lugares, muitos lugares e o tempo me retornou muitas alegrias e algumas decepções.

Sempre buscando manter a virtude de não me diminuir e também de não desejar crescer abaixando outras pessoas. Afinal, em bom gauchês, temos que manter sempre os butiás no bolso!

Na IBM Brasil atravessei da empresa de produtos e serviços à consultoria. Na área de Projetos participei ativamente do Y2K, e-Business, SW Factory e Management Services. Em todo grande AMS que tivemos, eu liderei e transicionei diversos serviços e pessoas do cliente para a IBM. Na área de Processos naveguei do CMMi ao Agile. Na área de Soluções, participei, desenhei e solucionei vários novos contratos entre IBM, clientes da base e novos clientes. E na área de pessoas, gosto de saber que colaborei na mentorização e formação de um bocadinho de talentos.  

Pensando bem, nessa via de mão dupla, acredito que tenho ganho dignamente meu salário ao longo desses anos. É certo também que a compensação vai além do financeiro. Essa companhia, onde tenho alegria de trabalhar, me formou como profissional e me fez crescer como cidadão. Sempre acreditando na generosidade mental e no estilo: ensinar o que se sabe, praticar o que se ensina e perguntar o que se ignora.  

E, como você sabe, visto a camisa e tenho orgulho de me ver como IBMista.

Ainda assim, é inevitável questionar: mas não é tempo demais para se estar em uma mesma empresa? É obvio que, conforme o que se busca, aqui pode haver várias respostas certas.

Permanecer anos na mesma empresa parece mesmo ser coisa da nossa geração X. Entretanto, eu diria que aqui de tédio ou ausência de desafio nunca morremos. Temos até um espécie de lema que é mais ou menos assim: “se você não está confortável com a organização, não se preocupe, porque ela vai mudar. Agora, se você está confortável com a organização, se preocupe, porque ela vai mudar.”

Além do respeito ao indivíduo, diversidade e inclusão, a transformação e a inovação parecem ser o grande diferencial dessa companhia. Mudar constantemente e sempre é quase que o mesmo de se ter várias empresas em uma. Ainda mais quando essa empresa, de Soluções Digitais, Nuvem híbrida, Inteligência Artificial, Segurança Cibernética e Computação Quântica, é uma gigante globalizada.

E o melhor? Ora, o melhor de tudo, é claro, foi, e tem sido, conhecer gente!

Gente brilhante, gente humilde, gente nem tão humilde, gente honesta, gente daqui e de fora, gente de todas as cores, de todas as crenças, gente diversa e plural, gente hard, gente soft, gente que caminha com a gente, que colabora com a gente, que acredita na gente...

E assim, por essa minha passagem, agradeço a cada mensagem de reconhecimento e carinho, foram muitas, que recebi dos clientes, colegas e amigos dessa família azul. Obrigado!

De resto, enquanto o sol adentra o nosso escritório anywhere, eu recordo de uma palestra na IBM Armonk-US com o icônico Lou Gerstner onde ele dizia: “it is always possible to do in a superior and better way...”

Então que venham novos aninhos. Estamos prontos. E com alguns truques na manga.

Saúde a todos!