Pensamos ou Conhecemos?

Pensamos ou Conhecemos?

Em alguns momentos somos instados a esta situação de dúvida. O próprio dinamismo e volatilidade do que tratamos e convivemos nos empurram para esta interrogação. Talvez por isso a reflexão sobre a questão deve ser ampla, sendo relevante o desenvolvimento de percursos mentais alternativos.

Quem sabe o caminho não é flexibilizar a verdade. Ou seja, uma formulação criativa pode mudar o contexto. Ao abordá-los de maneiras diferentes pode-se reduzir e/ou eliminar as restrições. É importante estarmos abertos para a vasta diversidade de alternativas. Basta lembrar que ideias não tem hierarquia.

Ademais, cabe a ressalva que damos relevância a determinadas situações e decisões que nem sempre é tão singular quanto parece, sendo possível em alguns casos constatar que a solução era tão óbvia e o nosso condicionamento nos aprisionou, e o nosso modelo mental viciado não nos permitiu avançar. Constatando-se, por pura ironia que a principal aptidão que precisamos nesse momento, é exercitar a nossa capacidade de esquecer.

Percebe-se que as atitudes são impactantes, mas não podemos negligenciar os hábitos. Ou seja, é mais fácil agir para desenvolver nova maneira de pensar que pensar para desenvolver nova maneira de agir. É importante pressionar quando não compreendermos e, nos pautarmos na fala de Gary Loveman quando afirma: “Meu trabalho não é ter todas as respostas, mas, sim, fazer muitas perguntas penetrantes, perturbadoras e, às vezes, agressivas, como parte do processo analítico que conduz insights e a refinamentos”.

Na medida que ganhamos lastro com a experiência e a maturidade profissional, constatamos que as melhores decisões não envolvem matemática, mas relacionamentos. Considera-se criatividade algo exploratório e visionário, envolvendo imaginação e inspiração coletiva e colaborativa, trazendo como consequência ideias originais e úteis.

Nassim Nicholas Taleb afirma: “O ser humano, em geral, é “iludido pelo acaso” – imputa significado cósmico a acontecimentos que facilmente poderiam resultar do acaso”.

Nesta esteira, pode-se intuir que precisamos transcender o conformismo e adotarmos processos que facultem às organizações refletirem sobre a necessidade de pensar em novas formas de fazer e de se relacionar com os seus stakeholders, perpassando os fatores tecnológicos e os processos de gestão, mas também as culturas e orientações básicas das organizações.

Isto nos habilita ter a sapiência para construirmos histórias preditivas, que permitirá desenho de cenários concretos em detrimento de uma imaginação de futuro acidental.

No mais, é sempre lembrar que para voar é mandatório ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o voo acontece.

Texto super interessante. Vale a pena discutir.

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