Mentalidade de abundância: uma ferramenta transformadora para a liderança
Não há dúvidas de que 2020 foi um ano desafiador e com muitas perdas. Perdas de milhares de vidas, de empregos, de receita. Perda da liberdade de andar na rua tranquilamente, de abraçar e de estar junto de quem amamos. Mas, é justamente nesse contexto de desesperança coletiva que sou instigada a olhar para além das perdas e identificar o que vejo de bom e virtuoso à minha volta, e que me apoia na construção de algo novo para o futuro.
Repare que estou falando de algo a mais do que otimismo e atitude positiva. Estou falando sobre programar nosso cérebro e emoções para constantemente perceber o que há de bom.
Talvez você não saiba, mas esse é um exercício poderoso, não só para torná-lo uma pessoa mais feliz, mas também para ser usada como uma ferramenta transformadora de liderança.
A ideia de desenvolver uma mentalidade de abundância e não de restrição vem da Psicologia Positiva. Um dos expoentes do tema, o psicólogo norte-americano Martin Seligman, explica que essa abordagem surge do entendimento de que a psicologia deveria fazer mais do que apenas reparar no que está errado com uma pessoa. Ela também precisa identificar e valorizar o que existe de melhor nos indivíduos.
Imagine a revolução que esse conceito poderia trazer para a gestão dos nossos negócios? Se tirarmos um pouco o foco da dor ou dos “gaps”, então seremos capazes de ampliar o campo de visão e enxergar oportunidades que se desenham em volta dos vales.
A forma como eu decido pensar, a forma como eu escolho olhar, interfere diretamente em como eu leio o contexto, em como eu tenho abertura a diferentes alternativas e, automaticamente, impacta na minha tomada de decisão. E isso é muito, mas muito poderoso!
Quando olho para algumas reuniões de Conselho em que participo, eu penso em como o “vício” de discutir riscos e problemas afeta a mentalidade de abundância. É claro que os Conselhos têm responsabilidade na discussão de riscos, e é claro que planejar considerando as ameaças é importante, mas se os líderes gastarem todo o tempo nisso não serão capazes de construir novos caminhos.
Quando o risco é apenas parte da discussão - e não o centro - sobra mais tempo para explorar a inteligência coletiva, para enxergar portas e conceber cenários positivos.
Estamos atrás de tantas técnicas para a resolução de problemas, e negligenciamos uma das mais simples, que é justamente essa de “praticar a felicidade,”
enxergando além das restrições. E se o conceito de felicidade para você é algo muito abstrato, sugiro a definição do especialista em psicologia positiva e co-funador do Wholebeing Institute (Instituto Ser Integral), Tal Ben Shahar.
Segundo ele, a felicidade é, no fim das contas, a combinação de bem-estar físico, espiritual, intelectual, relacional e emocional (o famoso SPIRE). Se, como líderes, lutarmos para equilibrar essas cinco frentes, então estaremos preparados para encarar de forma positiva o que vier pela frente, analisando os cenários com uma mentalidade de abundância, ampliando o campo de visão e considerando as alternativas que, inevitavelmente, surgirão no meio do caos.
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Chief Financial Officer at Doremus Alimentos Ltda
3 aArtigo muito interessante e repleto de insights que em muito podem contribuir ao trabalho, Claudia. Mais do que para a liderança, diria que trata-se de uma ferramenta transformadora para qualquer nível hierárquico. Que todos possamos nos inspirar nesses conceitos!
Gerente de Vendas e Planejamento | Key Account Manager | Executiva de Projetos e Planejamento | Head S&OP | Gerente de Procurement e Cadeia de Suprimentos |
3 aExcelente conteúdo! Claudia Elisa , CCIe Durante muito tempo negamos a programação mental e finalmente enxergamos que isso é o início de cada uma de nossas atitudes frente vida. Como lhe damos com essa realidade definirá o sucesso ou não em qualquer campo.
Trans-formar positivamente pessoas e organizações
3 aA transformação de uma cultura positiva e saudavel começa por onde colocamos o foco...é exatamente em.busca da melhor versao das pessoas que as Lideranças precisam QUERER fazer...pois saber...sabem! Mas o fazem? 🤔 Valeu por compartilhar Claudia Elisa , CCIe !💞
C-Level Operações Digitais e Negócios | Conselheira de Empresas, CCA | Advisor de Transformação Digital | Investidora Anjo
4 aExcelente ponto Claudia Elisa , CCIe, se amplia para uma visão maior👏👏👏. Lembro de muitas reuniões corporativas em que me sentia desconfortável por não conseguir chamar a atenção dos demais membros sobre aspectos positivos do negócio, como índices financeiros aumentados, vendas aceleradas, e revisão de performance de funcionários que demonstravam uma equipe engajada, talentosa e com garra. O tom era sempre a revisão do gap negativo. Perdíamos por certo uma boa oportunidade de ver o mosaico inteiro.
CEO da GRighi Conectando Gerações | Palestrante | Mentora de Linkedin e carreira | Linkedin para empresas e Executivos | Headhunter | Top 100 People 2024 Feedz by Tovts pessoas que inspiram RH e Gestão.
4 aAmo este tema e tenho um profissional muito especial que traz bastante reflexão e é especialista neste tema que admiro Claudemir Oliveira, PhD