Pesquisa Revela o que Profissionais do Setor Pensam sobre Planos de Saúde

Pesquisa Revela o que Profissionais do Setor Pensam sobre Planos de Saúde

A pesquisa de Planos de Saúde 2019 foi realizada aproveitando a interação presencial com participantes dos seminários Geografia Econômica da Saúde no Brasil, e teve como objetivo de coletar o nível de satisfação dos profissionais da área da saúde em relação às regras e práticas atuais do mercado da saúde suplementar no Brasil. Foi expandida para participantes de outros seminários, cursos e aulas em cursos de pós graduação ministrados pelo autor do estudo, e com convidados do seu mailing, e de suas conexões no LinkedIn ® para preenchimento de formulário na plataforma Google ®.

Questões tabuladas no estudo:

>>> Perfil dos Participantes:

  • Faixa Etária
  • Local de Residência
  • Em que tipo de empresa trabalha ?

>>> Tabulação:

  • Quantas vezes utilizou seu plano para internações e cirurgias ?
  • Utiliza o SUS ?
  • Costuma pagar por serviços de saúde não cobertos pelo seu plano ?
  • Está satisfeito com a rede credenciada do seu plano ?
  • Pagaria mais caro por um plano sem qualquer restrição de rede ?
  • Está contente com seu plano a ponto de indicar para outras pessoas ?
  • Já entrou na justiça, ou pensou em entrar na justiça contra seu plano ?
  • Pagaria mais caro por um plano que não reajustasse preço de acordo com a idade ?
  • Pagaria mais caro por um plano que devolvesse parte do que foi pago em caso de não utilização ?
  • Quanto pagaria a mais por um plano com características diferentes dos que existem hoje ?
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Foram 4.114 formulários preenchidos por profissionais do segmento da saúde, de nível superior, com algum tipo de relacionamento com gestão da saúde privada ou pública:

  • Uma amostra diferenciada, para colher informação sobre planos de saúde com quem é do ramo, e tem discernimento sobre questões de regulação, práticas de mercado
  • Pessoas que entendem também aspectos do “negócio saúde”.

A tabulação está sendo encaminhada gradativamente para cada um dos participantes – o compromisso no convite foi o de enviar para quem colaborasse com a pesquisa, e está sendo cumprido !

Um indicador muito significativo: 87,9 % não está satisfeito o suficiente com seu plano de saúde a ponto de indicar para outras pessoas.

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(*) a explicação da razão pela qual a soma dos percentuais não totaliza 100 % está descrita na pesquisa !

Somente este dado já indica o quanto os profissionais de saúde desaprovam o cenário atual das regras e práticas da saúde suplementar no Brasil.

Com todos os vieses que podem ser considerados na pesquisa, o resultado (infelizmente) não apontou um único indicador favorável de satisfação dos participantes com planos de saúde.

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Todos apontam insatisfação da maioria dos participantes da pesquisa em relação aos planos de saúde a ponto de 82,6 % deles afirmarem que já entraram, ou alguma vez pensaram em entrar na justiça contra o plano ... triste realidade da nossa saúde suplementar.

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Um dado interessante tabulado: ao questionar se o participante pagaria mais caro por um plano de saúde diferente de tudo que existe:

  • Que não tivesse restrição de rede (*)
  • Que não reajustasse o preço conforme a idade
  • E que devolvesse parte do dinheiro se o beneficiário não fizesse uso

>>> Mais de 80 % dos participantes responderam “Sim” !

(*) Sem restrição de rede é diferente de escolher opções de rede, como ofertam os planos atualmente.

O resultado da pesquisa revela uma visão bem pessimista dos profissionais de saúde em relação aos planos de saúde, e o que vimos nos últimos anos, e o que estamos vendo atualmente não dão sinais de mudança para mitigar a insatisfação nos itens mais críticos para os beneficiários, apontados na pesquisa.

Os planos evoluíram e vão continuar evoluindo como produto ao cliente na direção exatamente inversa do que ele quer:

  • Cada vez mais restritos;
  • Cada vez mais caros;
  • Sem retribuir (premiar de alguma forma) os beneficiários de planos de saúde que se preocupam em evitar o desperdício e a fraude.

Plano de saúde é talvez o único bem de consumo que com o tempo “entrega cada vez menos” aumentando cada vez mais o preço para o consumidor ... entendendo:

>>> O que se paga por um computador hoje é relativamente muito menos do que se pagava no passado:

  • Hoje é muito mais potente, com muito mais recursos;
  • Microcomputadores 286 custaram no Brasil no passado US$ 10.000;

>>> O que se paga por um veículo popular hoje é relativamente menos do que se pagava no passado:

  • Hoje tem uma infinidade de recursos que não tinha;
  • Quem é mais jovem nem imagina que pouquíssimas pessoas podiam ter um carro popular, e que existiram carros populares que só se podia abrir a porta com chave, e somente do lado do motorista. Nada de pneu radial, freio abs, air bag, inúmeros pontos de conexão USB ...

>>> Já pelo plano de saúde se paga hoje relativamente muito mais do que se pagava no passado:

  • Mas a restrição de rede é infinitamente maior !!!!

Poderia me encaminhar o questionario e os dados? Bom dia. Segue meu e-mail: enfermeiro.wallison@hotmail.com

Orlando Cândido dos Passos

Autor do livro: “Modelo-RSVA\LCA^AIS: Remuneração Sistêmica por Valor Agregado nas Linhas de Cuidados Assistenciais compondo Ações Integrais de Saúde” (ISBN: 978-65-00-58745-6_784pg^dig)

4 a

Como subsídio, devo dizer: 1.Ênio! Parabéns, pelo feito. As sinalizações são significativas. 2.Focando subsídios para poderes decisórios, talvez, devas continuar esse trabalho focando aplicação de questionários considerando que no Mercado de Serviços têm-se no: a)Mercado de Serviços: Clientes-SUS, Clientes-OPS e Clientes-Particular e b)Mercado de Fatores: Instituições de Saúde(públicas, filantrópicas, privadas e mistas). 3.Como o foco está no Mercado de Serviços, para essa finalidade, poderias analisar a aplicação das seguintes proporções e por região do Brasil: >73%\SUS; >25%\Sistema-OPS e 2%\Sistema-Particular.

Delano Chaves

Sales Development - Digital Transformation Projects

4 a

Parabens pelo trabalho Enio!!

Mauro Couri

MD | MBA | Gestor em Saúde Suplementar

4 a

Muito bom Enio Jorge Salu

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