Pirâmide de Maslow: como ela atua na motivação?

Pirâmide de Maslow: como ela atua na motivação?

A pirâmide de Maslow é um clássico conceito da Psicologia que há décadas é replicado e utilizado em inúmeros trabalhos nos mais diversos campos. É uma ideia relevante para pensar a prática dos profissionais, e uma de suas vertentes é a análise da motivação nos indivíduos.

É possível que você já tenha até ouvido falar na pirâmide de Maslow, mas sabe realmente o que ela significa? Vamos explicá-la de maneira clara neste post, de modo que você entenda como ela pode ser usada para compreender e motivar pessoas no contexto de trabalho. Confira!

O que é a pirâmide de Maslow?

Abraham Maslow foi um psicólogo norte-americano que ficou célebre por dar o seu nome a essa importante teoria sobre o funcionamento humano. A pirâmide proposta por ele serve para compreender o que realmente precisamos e qual a sua prioridade em nossas vidas.

Podemos pensá-la da seguinte forma: alguns tipos de necessidades são mais importantes do que outros. Primeiro, devemos satisfazer nossos processos mais básicos para, então, nos voltar para outras exigências mais “elevadas”. Isso não quer dizer que essa é uma ordem fixa e imutável.

Algumas situações podem fazer mudar tais necessidades de um modo contrainstintivo. Um exemplo desse tipo de inversão são os transtornos de alimentação. Em muitos casos, o indivíduo prefere passar por uma sensação aversiva de fome em nome de uma imagem corporal mais valorizada socialmente.

Apesar das exceções, é possível observar uma tendência geral dessa ordem de importância nas pessoas. Portanto, recorrer a essa escala é uma ótima ferramenta para compreender o funcionamento dos profissionais e desenvolver suas aptidões.

Quais são as cinco necessidades de Maslow?

1. Necessidades fisiológicas

Esse aspecto refere-se às necessidades mais primordiais dos indivíduos, no que tange o nível biológico e a saúde física. Por isso, elas ocupam a base da pirâmide. É o aspecto mais instintivo do nosso funcionamento, então procuramos sempre satisfazê-lo primeiro.

Como exemplos evidentes disso, temos a questão da alimentação e do sono, que obviamente devem ser mantidos em ordem para que alguém consiga trabalhar adequadamente.

2. Necessidades de segurança

Essas se referem ao que fazemos para nos manter protegidos, em ambientes distantes do perigo. Pode também ser associada ao desejo que temos por estabilidade, apesar de sempre sermos surpreendidos por mudanças repentinas.

No mundo profissional, esse aspecto pode ser compreendido no sentido de conforto e estabilidade. Todo profissional espera ter o mínimo de segurança em sua ocupação. Isso pode se dar tanto pelo desejo de se manter no trabalho em questão ou até pelo resguardo garantido por ter uma carteira assinada, por exemplo.

3. Necessidades sociais

Nesse ponto, já alçamos os níveis mais elevados da pirâmide, que falam de prioridades pessoais e afetivas.

Algumas pessoas são mais reclusas, outras, mais sociáveis, mas pode-se dizer que todos nós precisamos nos relacionar socialmente de algumas maneiras. Também conhecidas como necessidades de filiação, elas dizem respeito aos laços de amizade, amor e ao pertencimento a um grupo ou entidade coletiva.

No que se refere ao trabalho, podemos pensar de que forma se dão os relacionamentos interpessoais e a comunicação nesses ambientes. Qualquer pessoa deseja trabalhar em um espaço com clima social agradável, no qual haja companheirismo e colaboração.

Apesar de existir essa premissa comum, sabe-se que inúmeros ambientes de trabalho são competitivos ou tóxicos do ponto de vista interpessoal.

As empresas — e, às vezes, até mesmo os indivíduos — subestimam os efeitos desse aspecto no desempenho e na satisfação dos profissionais, sendo ele, na verdade, um dos grandes motivos pelos quais as pessoas abandonam seus empregos.

4. Necessidades de estima

A partir desse momento, trata-se dos aspectos que normalmente só serão buscados pelos indivíduos após se sentirem realizados nos primeiros degraus da pirâmide. Esse ponto está ligado ao valor que recebemos pelo olhar do outro e pelo nosso próprio olhar.

É importante ressaltar que existe esse duplo aspecto no quarto andar da pirâmide, pois ele não conta apenas a forma como somos avaliados pelo nosso entorno. Igualmente importante é o tipo de estima pessoal: de nada adianta sermos muito reconhecidos socialmente se não conseguimos enxergar isso em nós mesmos.

Por outro lado, algumas pessoas minimizam a importância da opinião alheia, vivendo aparentemente apenas sob os próprios princípios. Essa visão é um equívoco, pois somos sujeitos que existem apenas em sociedade. Valorizamos aquilo que somos ensinados a valorizar; são as normas e convenções sociais que nos formam enquanto sujeito.

Isso não quer dizer que não haja espaço para a individualidade. O que as ideias de Maslow propõem é justamente buscar um equilíbrio entre atender as expectativas sociais e as particulares.

5. Necessidades de autorrealização

No topo da pirâmide, estão as necessidades de autorrealização. Elas ocupam esse lugar pois normalmente são as menos “urgentes” na vida das pessoas. Se relacionam com as de estima descritas acima, mas dizem respeito a um propósito maior buscado por certos indivíduos.

Essas dizem respeito à vontade de deixar um legado, ou mesmo de promover alguma mudança social e interna. São necessidades que trazem o sentido de desenvolver valores e uma missão pessoal.

Podem também ter um sentido espiritual e ético, no sentido de uma produção que transcende o espectro do indivíduo.

Podemos pensá-la no universo do trabalho como a necessidade que os indivíduos têm de construir um legado. Após conquistar um terreno minimamente seguro para se desenvolver, é natural que o próximo passo seja propagar e dar continuidade aos ideais atingidos através do tempo.

De que forma a pirâmide atua na motivação?

Em um quadro ideal, todos os degraus da pirâmide estariam equilibrados e contemplados adequadamente. Na prática, isso dificilmente ocorre. Mesmo os indivíduos mais bem equilibrados tendem a se manter defasado em um aspecto ou outro da pirâmide.

Por outro lado, existem certos aspectos básicos em todos os níveis que são necessários para manter uma pessoa motivada.

A ideia de hierarquia aqui é valiosa quando aplicada à questão da motivação. Se o quesito segurança não estiver satisfeito, um dos primeiros da pirâmide, o profissional não terá motivação para manter-se em determinada ocupação.

Por exemplo, se alguém tem um cargo interessante em uma empresa, mas sabe que o futuro da companhia é incerto, provavelmente esse profissional passará a buscar outros empregos mais seguros como uma forma de se proteger.

A pirâmide de Maslow nos ajuda a perceber também que as prioridades dos indivíduos se dão em diversos níveis. A visão tradicional do mercado acredita que um profissional precisa apenas de bons salários para ser estimulado, mas esse é um equívoco.

As necessidades aparentemente mais banais, como estar em um ambiente agradável ou ter o seu trabalho reconhecido também devem ser contempladas pelas práticas dos gestores.

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