PIX vai se tornar global?
E chegamos à 14ª edição da nossa newsletter, dá para acreditar? 🥹
Vem se atualizar sobre as principais notícias relacionadas ao PIX e o que está acontecendo no universo de pagamentos nacional. Confira!
Com mais de 160 milhões de usuários, não há dúvidas de que o PIX caiu no gosto da população brasileira. Agora, além da agenda evolutiva prevista para esse ano, o próximo passo do Banco Central promete ser a expansão mundial do método instantâneo.
Não é a primeira vez que comento aqui sobre a possibilidade do PIX viajar para outros países, mas, ao que tudo indica, as discussões sobre acordos para torná-lo internacional já estão acontecendo no Bacen.
A Itália vem estudando o sistema e já deu sinais de interesse em um acordo bilateral. Outros países da América Latina, Europa e África também querem entender mais sobre o sistema.
Como comentei em uma news passada, em países vizinhos, como a Argentina e o Uruguai, alguns bancos e fintechs já estão permitindo que os pagamentos de hotéis e restaurantes sejam realizados via PIX, através de QR Code ou processador de pagamentos.
Vale lembrar também que o nosso método instantâneo tem contribuído para a evolução do Nexus, o sistema unificado de pagamentos internacionais que já está em teste na Ásia.
O uso do cartão de débito tem sido afetado pela adesão ao PIX que, como já comentei aqui, atingiu seu recorde de transações em 2023.
Dados da Abecs (Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) mostram que, no ano passado, o volume de transações no débito chegou a R$1 trilhão, registrando uma queda de 0,1% em comparação a 2022.
Apesar do recuo, a pesquisa aponta que a saída para frear o desuso dessa modalidade pode estar no e-commerce. Mesmo com a leve redução no valor total transacionado, olhando para as compras online, o cartão de débito conseguiu registrar um crescimento de 28,3%, movimentando mais de R$14 bilhões.
Segundo a Abecs, o setor tem trazido iniciativas para reduzir a fricção da jornada de compra e melhorar a experiência do cliente no checkout, o que pode justificar a adesão ao débito nesse cenário. Outro fator que pode influenciar nessa retomada é a recente chegada do Click to Pay, que eu vou explicar melhor no próximo tópico.
A Associação também aposta em outras iniciativas para melhorar o uso do débito no futuro, como o débito online e o QR Code padronizado.
Como comentei anteriormente, o Click to Pay já está valendo e é a mais nova aposta do mercado para aumentar as compras no e-commerce.
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Criado pelas empresas de pagamento, ele permite que o consumidor finalize o checkout sem ter que digitar os dados do cartão, confirmando a transação via autenticação de dois fatores.
Isso é possível porque as informações do usuário já estão na base do sistema, emitidas pelas próprias bandeiras do cartão. Para garantir a segurança desses dados, eles são tokenizados, ou seja, transformados em credenciais criptografadas e únicas.
O Click to Pay já era oferecido por algumas empresas de forma individual, mas agora está tecnicamente padronizado e disponível para todo o mercado brasileiro, independente da bandeira.
Por enquanto, a novidade só pode ser utilizada em compras com cartão de crédito, mas a ideia é que em breve o serviço também atenda os pagamentos via débito.
Quem aí já se acostumou com a facilidade dos pagamentos por aproximação? Não faz tanto tempo que essa modalidade se popularizou por aqui, mas tudo indica que ela realmente chegou para ficar.
Segundo dados da Abecs, no ano passado, o número de transações por aproximação aumentou em 60%, ultrapassando 17,5 bilhões de operações. Em valor transacionado, a modalidade de pagamento cresceu 70% em relação aos números de 2022, somando mais de R$986,4 bilhões.
A pesquisa mostra que a maioria desses pagamentos é realizada via cartão (78%), celular (27%) e relógio inteligente (1%).
Segundo a nova edição do Relatório de Riscos Globais, publicada no Fórum Econômico Mundial, nos próximos dois anos, a cibersegurança será uma das cinco ameaças para a economia global, envolvendo principalmente a segurança bancária.
Sistemas instantâneos, como o PIX, chamam a atenção dos fraudadores justamente pela sua conveniência e rapidez, o que contribuiu não só para a criação de vírus conhecidos como BrasDex, GoatRAT e Brats, mas também para a internacionalização dessas ameaças.
Uma pesquisa feita pela Kaspersky mapeou mais de 1 milhão de programas maliciosos para celular em apenas 12 meses. O volume colocou o Brasil em primeiro lugar entre os países campeões em trojans bancários da América Latina e como um dos principais exportadores no uso da tecnologia ATS (sistema de transferência automática) para o mundo.
Mais do que nunca, a educação do usuário e o uso da inteligência de dados para detecção do risco prometem ser as principais armas para combater os fraudadores nesse cenário.
O que você achou das notícias? Quais são suas expectativas ou apreensões para a chegada do Click to Pay?
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