Planejamento Estratégico - The Roadmap to Success

Resolvi redigir esse artigo, pois percebo que algumas empresas se perdem no meio do caminho quando ao invés de Planejamento escolhem o “Fazejamento". Estamos vivendo uma era de transformações tecnológicas que nos obrigam a voltar os olhos para o mercado se quisermos sobreviver (aconselho ler “O Estrategista/Luis Gaj” é um livro de 2002 mas muito bom); exemplo disso estamos vivenciando a indústria 4.0, a Rota 2030 além das novas tecnologias que estão surgindo.

Sabiamente a ISO 9001:2015 identificou esse gap na gestão de empresas em todo o mundo uma vez que o “Fazejamento” estava interferindo diretamente na qualidade final do produto, na segurança do usuário, no meio ambiente e assim, essa revisão tomou uma proporção que direciona a organização a pensar estrategicamente e inserir isso num ciclo PDCA.

Já no início dessa revisão em 0.3.1 é comentado que a abordagem do processo é o inicio para alcançar os resultados pretendidos conforme a política da qualidade e o direcionamento estratégico da organização e ainda nos dá o primeiro passo para a elaboração do Planejamento Estratégico quando em 4.1 ela requer: “A organização deve determinar questões externas e internas ...” e é aqui que eu gostaria de tecer o foco desse artigo. Em linhas gerais o Planejamento Estratégico é resultado de inputs mensuráveis ou não que suportarão o Plano de Negócios que será desdobrado em Objetivos, Metas e por fim nos indicadores de desempenho (Kpi’s). Todo esse processo deve ser orientado pela Política da Qualidade/ Ambiental (vide 5.2), por uma gestão de riscos (vide 6.1), de um plano de ação onde requerido e analisado criticamente e periodicamente (vide 9.3) fechando assim o ciclo PDCA.

Como todo esse processo será realizado, será uma decisão da organização: Pode-se usar análise SWOT, PESTLE, Matriz BCG, Ciclo de vida de produto, revisão do Portfólio de produtos x faturamento, Cenários de faturamento, Participação dos Clientes e produtos no faturamento, Análise de Competitividade, 5 Forças de Porter, Necessidades e expectativas das partes interessadas, Revisão do core business, Fatores estruturais e infraestruturais, investimentos e recursos requeridos, Matriz Importância x Desempenho, Matriz Ansoff, BSC enfim, não é o intuito dissecar aqui cada uma dessas ferramentas mas demonstrar que existem muitas formas de se realizar o Planejamento Estratégico e tudo dependerá da maturidade da organização.

É necessário que a organização compreenda, através do Planejamento Estratégico, o quanto ela está preparada para atingir seus objetivos. Uma vez tendo essa compreensão, poderá julgar os riscos associados ao negócio, suas chances de sucessos e alternativas consistentes para que seus objetivos sejam alcançados.

Por fim, é uma atividade um tanto trabalhosa que deve ter informações precisas e que envolve diretamente a Direção da organização (vide 5.1) e que deve ser perseguida durante o período planejado. O Sistema de Gestão da Qualidade é aliado à Direção para alcançar os resultados pretendidos, mas caso a organização opte apenas pelo preenchimento de um monte de papel e prefira o “Fazejamento” e o improviso, a única certeza será a incerteza do sucesso.