Planos de Saúde e o alerta sobre a importância do combate às hepatites virais
O mês de julho é reconhecido mundialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o período de conscientização sobre as hepatites virais, sendo 28 de julho o Dia Mundial da Luta contra as Hepatites Virais. Pesquisas da própria OMS apontam que o vírus das hepatites B e C é responsável por quase 95% das mortes de quase 400 milhões de casos pelo mundo. No Brasil, esse cenário não é diferente. Sendo assim, a conscientização dos brasileiros se faz mais do que fundamental, principalmente neste período de pandemia unido à crise sanitária.
A hepatite é uma das doenças que mais afeta o sistema de saúde pública do país. De acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de de uma infecção que atinge o fígado através de um vírus. Existem casos leves, moderados e graves, e os sintomas podem ou não se manifestar. Quando aparecem, podem ser múltiplas formas, como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites mais comuns no Brasil são do tipo A, B e C. O vírus tipo D aparece com frequência na região Norte e o tipo E é mais recorrente em países da Ásia e África.
A hepatite tipo A (HAV), possui relação com alimentos ou água não seguros, baixos níveis de saneamento básico e higiene pessoal. A transmissão do vírus se configura como fecal-oral, isto é, contato de fezes com a boca. Também pode ser transmitido através de contato pessoal próximo e relações sexuais. O tipo B (HBV), está presente no sangue, secreções e leite materno. Portanto, é classificado como doença sexualmente transmissível, podendo também ser transmitida através do sangue, amamentação e itens de higiene pessoal.
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Por fim, o tipo C (HCV) é considerado uma pandemia, sendo a forma crônica a mais comum entre 60 a 85% dos casos. Por ser um vírus que se manifesta majoritariamente de forma silenciosa, boa parte das pessoas desconhecem seu diagnóstico. A maneira mais comum de transmissão é o contato com o sangue contaminado através do compartilhamento de utensílios para uso de drogas, falha de esterilização de equipamentos médicos, odontológicos, de manicure e tatuagem, e procedimentos como hemodiálise, transfusão e cirurgias sem os devidos cuidados. Também pode ser transmitido através de relações sexuais sem preservativos e da mãe para o filho na gestação, porém ambas são as menos comuns.
Portanto, as hepatites são doenças severas que requerem bastante atenção por parte do sistema de saúde do Brasil. A principal prevenção se encontra nas vacinas disponíveis por todo o país com 3 doses necessárias para a imunização completa. Contudo, infelizmente não existe vacina para a hepatite tipo C, porém se prevenir é simples e salva muitas vidas. Evite compartilhar objetos de higiene pessoal, seringas ou agulhas, além de se certificar do preservativo nas relações sexuais. Além disso, é claro, exames de rotina são sempre bem-vindos para que não apenas a hepatite, mas também outras doenças sejam evitadas ou tratadas antecipadamente.