PLENITUDE     

Por José Carlos Castro Sanches                                                   

Site: www.falasanches.com                                             

"A felicidade é uma habilidade. É uma linha de base. É para onde se volta após altos e baixos de alegrias e tristezas."                                                                              

Conversava com a minha neta. Ela contava sobre os cantores e músicas que aprecia. Djavan: "Eu te devoro". Marisa Monte: "Vilarejo", "Pra melhorar", "Velha infância", "Língua dos animais". Gilberto Gil: "A paz" e, seguiu com a lista de preciosidades. Ao tempo em que ligou a TV, acessou o YouTube e começou a passar sua sequência preferida, nos deleitamos escutando as belas canções.                                               

Fiquei em êxtase ao conhecer suas boas escolhas musicais. Enquanto ela escutava e cantava entusiasmada, eu tentava escrever os "flashs", sem o compromisso de retratar as letras ao pé da letra, descrevia o que entendia. Tudo era motivo de alegria. Começou com Marisa: ...vou sair para passear ao sol...levar o mar sobre mim... encontrar um passarinho...para falar a língua dos animais...raios de sol...por favor... vou pisar no capim... Seguida de   Gilberto: ... a paz invadiu meu destino...fez nascer um Japão da paz...que contradição só a guerra faz nosso amor em paz...                                     

A linda neta dizia essas são as minhas preferidas de Henrique e Juliano: "Uma flor e o beija-flor".... ai que saudade de um beija-flor, lembranças de antigo amor, o dia amanheceu sorrindo, durmo e acordo sorrindo...das flores caídas no chão... ela é a flor mais do linda do jardim... saudade de... Continuou com Alceu Valença: "La belle de jour". Eu lembro da moça bonita da praia de Boa Viagem...era a moça mais linda de toda cidade...seus olhos azuis como a tarde... da tarde de um domingo azul la delle de jour ... ah hei ... Mudou para Seu Jorge: "Amiga da minha mulher". Se fosse mulher feia tava tudo certo...mulher bonita mexe com meu coração... o meu cunhado já me falou que se eu der mole ele vai me entregar...ela é amiga da minha mulher... minha mulher me perguntou até, qual é?... qual é?... mulher bonita mexe com meu coração... depois foi a vez de "Carolina"... te confesso que estou apaixonado por você... Carolina eu amo você... faça o pedido que irei te atender. Ela estava agora na faixa de Cazuza: "Exagerado"... te trago mil rosas roubadas... exagerado jogado a seus pés...eu nunca mais vou respirar se você não me notar... Pulou para Léo Santana: "Posturado e calmo"... Melody e Naldo Benny: "Love, love".                                   

Fiquei deveras impressionado com a sequência - todas falam de amor. As músicas alegraram  o nosso encontro e mostraram a sensibilidade musical de Julie Sanches. Eu estava encantado, emocionado e feliz ao perceber sua satisfação e alegria, especialmente ao conhecer a aptidão e bom gosto musical, até então desconhecidos por mim, revelados, naquela bela e ensolarada manhã de domingo, pela linda e carinhosa menina que me distraia com a sua genuína pureza e alegria.                                    

Um momento de epifania, extrema felicidade tomou conta de mim enquanto estávamos juntos. Era tudo muito especial... puro encantamento, beleza, luz, brilho, melodia, harmonia e paz de espírito. Eu era todo ouvidos e os meus olhos brilhavam diante da plenitude. A vida é bela! Um inesgotável encontro de momentos inesquecíveis.                    

"Cultive o calor humano e deseje genuinamente que outras pessoas sejam felizes essa é a melhor maneira de preencher sua própria felicidade e o estado de espírito mais gratificante."        

São Luís, 27 de agosto de 2023.                 

José Carlos Castro Sanches                 

É químico, professor, consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais - BPSE, escritor, cronista, contista, trovador e poeta brasileiro. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Academia Rosariense de Letras, Artes e Ciências, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro Correspondente da Academia Arariense de Letras e Artes e da Academia Vianense de Letras.                                                      

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas, Gotas de Esperança, A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô; Pétalas ao Vento e Borboletas & Colibris (em parceria com Pedro Neto).

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS25.08.2023. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.