PMBok e Manifesto ágil?

PMBok e Manifesto ágil?

Em tempos de crise e falta de recursos em todos tipos de organizações, o tema da gestão de projetos tem tudo para ser muito mais valorizado em todos os segmentos de mercado. Projetos inacabados, falta de continuidade e de visão de futuro, ambiente caótico na gestão de portfólio de projetos são alguns dos problemas mais conhecidos. A diversidade de metodologias, frameworks e softwares de gerenciamento de projetos tem provocado muitas dúvidas nos gestores na hora da implantação da cultura projetizada nas empresas. O desafio da implantação é enorme e pode levar muito tempo, o que contribui para a demora na adoção da cultura de projeto nas empresas, sem falar do desânimo que costuma acontecer quando as partes interessadas não vêm os resultados de tanto esforço. Devido à complexidade das ferramentas e das abordagens existentes, além dos aspectos culturais das pessoas quando se fala em mudanças, estas metodologias têm se mostrado ineficazes ou melhor, de difícil implementação prática, sem falar dos altos custos envolvidos. O debate costuma ser levado para a escolha por um dos métodos mais utilizados: as boas práticas do PMBOK ou os Métodos Ágeis? O que fazer na hora da decisão por uma linha de pensamento sobre a melhor abordagem para o gerenciamento de projetos? É possível a união destes dois conceitos aparentemente tão diferentes? A resposta é sim! A junção destes dois universos não só é possível como pode ser bastante positivo na melhoria do processo de comunicação e gerenciamento de riscos em um conjunto de projetos a serem gerenciado e coordenados. Com o objetivo de melhorar a produtividade, comunicação e disciplina do time, a união destas duas escolas, provoca mais uma grande mudança de paradigma: a gestão colaborativa e compartilhada dos projetos, que ajudam as pessoas a trabalharem com cenários mais previsíveis e com as etapas realizadas de forma mais participativa e colaborativa (iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento com transição para operações continuadas). Sem falar na questão do melhor entendimento do escopo do projeto no contexto de todas as perguntas a serem respondidas no planejamento do projeto (Porquê, o que, quem, como, quando e quanto). Sendo assim, o desafio de unir o Guia PMBOK com o manifesto ágil pode sim, ser incrivelmente bem-sucedido em todos os tipos de organização. Assim, o dia-a-dia fica mais fácil de ser compreendido e até se tornar algo divertido e compartilhado: entregas contínuas, geração de valor, alinhamento de propósito, proposta de valor e outras questões auxiliam na gestão estratégica de projetos. Temas mais complexos como governança e a implantação de escritório de projetos também podem ser mais fácil de ser colocado em prática. O desafio está lançado e é muito promissor: o melhor das duas abordagens podem ser utilizadas para eliminar as barreiras na adoção da cultura da gestão de projetos em todas as organizações e assim, melhorar a gestão do país. 

Claudio Bastos Boaventura, PMP, MBA

Gestor de Projetos Sênior da Crathus Assessoria e Gestão Empresarial Ltda.

7 a

Boa reflexão Alexandre. Entendo que temos que ter uma visão segmentada e mesclada dos vários frameworks para que possam ser adaptados a realidade é a cultura de cada organização. Habitualmente as organizações não estão aptas a implementar um framework único em 100% dos seus processos. Penso que o o conjunto de vários frameworks é o melhor caminho.

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