Políticas de remuneração
As políticas de remuneração são fundamentais para quem tem por missão gerir as organizações, já que permitem dirigir as motivações dos Colaboradores para a obtenção de determinados objetivos, focando-os no essencial.
Convém, para arrumar ideias, separar o que poderá ser remuneração e o que poderá ser retribuição. Se formos pesquisar ou se debatermos o assunto com especialistas vão surgir várias teorias e sensibilidades, mas no final do dia temos definições muito aproximadas. Ou seja, remunera-se um conjunto de responsabilidades e competências funcionais. Retribui-se o valor acrescentado que um Colaborador possa entregar à organização.
Nesse sentido, se o que pretendemos reter são os melhores talentos devemos garantir que nos mantemos competitivos no mercado. As corretas aplicações de políticas de remuneração justas, equilibradas e atrativas, em principio, garantem a manutenção e a captação dos melhores profissionais do mercado. Estas políticas permitem ainda alinhar a estratégia e o modelo de negócio da organização, ao promover a atribuição de remuneração variável, em sintonia com cada ciclo de tempo e desempenho da empresa.
Como podem as políticas de remuneração produzir efeitos na motivação e na orientação para os resultados dos Colaboradores? Como podemos demonstrar aos Colaboradores que todo o seu esforço e toda a sua dedicação, para a obtenção dos resultados da organização, foram considerados, avaliados e tomados em linha de conta? A remuneração variável retribui a concretização de objetivos e o desempenho de excelência e a remuneração fixa remunera as qualificações profissionais, a experiência e a responsabilidade.
Existe uma questão importante na definição das políticas de remunerações que não pode ser descurada: a eficácia da sua mensagem global, que não pode deixar margem para questões ou dúvidas. O entendimento que os Colaboradores venham a ter da política de remunerações pode causar um impacto muito positivo, através do alinhamento estratégico de ambas as partes, mas também pode causar desvios que podem produzir efeitos negativos.
Quais são as bases para elaborar uma política retributiva eficaz? É prioritário e fundamental garantir a conformidade das políticas com a legislação, com a regulamentação (do setor e da supervisão) e com as normas (nacionais e internacionais, se aplicáveis), em vigor. Acresce a isso a obrigatoriedade de observar o equilíbrio interno, de acordo com a estrutura organizacional e de acordo com o posicionamento competitivo da instituição em termos de mercado. Os dados necessários para a análise conseguem-se através de diagnósticos às atuais políticas de remuneração, determinando o posicionamento em relação aos pares no mercado de referência.
Resumindo, políticas de remuneração bem definidas serão sempre um fator motivacional para o capital humano, por associarem a recompensa ao reconhecimento. As práticas remuneratórias devem ser competitivas ao nível do mercado, para atraírem e reterem os profissionais mais qualificados e com mais potencial. Logo, é fundamental que se avalie e diagnostique o nível de competitividade face ao mercado, que se assegure a equidade interna, com impacto positivo na motivação e na produtividade.