PONTO DE VISTA, OPS, MELHOR DIZENDO, "STOP DE VISTA".
A língua portuguesa deveria ter menos sinônimos, pois a única vantagem nisso é a complicação da língua e da agilidade da comunicação, por exemplo, de tempos em tempos as pessoas adotam palavras diferentes com o mesmo significado, como se isso fosse uma demonstração de cultura, de saber, de conhecimento, de status. Vou dar um exemplo simples, quando você diz: "-Eu quero minimizar os erros." Está muito claro o que você quer dizer. Agora se você disser: "-Eu quero mitigar os erros." É a mesma coisa, só que com uma palavra menos usual.
Como se não bastasse usar tantos sinônimos, que querem dizer exatamente a mesma coisa, para complicar mais ainda a língua portuguesa, a cada dia nota-se mais palavras do inglês no meio de frases em português. Isso é uma salada de línguas absurda. Veja se no alemão no inglês no francês,em alguma dessas línguas, adota-se palavras em português como se fosse para sofisticar a comunicação?
Nessas duas hipóteses que citei, de usar palavras em inglês e sinônimos pouco utilizados, muita gente pensa que dá uma conotação de mais cultura, de saber mais, de mais conhecimento, mais sofisticação, mas é bem o contrário dá uma conotação de que a pessoa não tem noção de que a comunicação se faz da forma mais simples possível. Quanto mais você complica a comunicação menos você se comunica com a maioria.
Me dá um feedback. Porque não, me dá um parecer?
Sou gerente de marketing. Porque não vendas?
Meu business é locação comercial. Porque não, meu negócio é locação comercial?
Fale com o ombudsman. Opa, essa moda acabou não pegando, continuará sendo ouvidoria.
São milhares de exemplos.
Se a pessoa domina o inglês então que fale e escreva em inglês. Agora misturar as línguas é algo descabido, mas como esse hábito é praticado por pessoas que ocupam posição sócio-econômica melhor, não necessariamente cultural, fica mais difícil de combater esse vício pejorativo à língua portuguesa.
Se é interessante adotar o inglês como segunda língua, e no futuro quem sabe primeira, pois então que faça parte do currículo escolar desde o ensino fundamental e com a mesma carga horária do português. Para que as pessoas possam se comunicar numa das duas línguas e não numa língua inexistente, o portinglês.
Essa é minha opinião, trata-se de um modismo, assim como durante algum tempo muitas pessoas achavam chique as expressões: "Com certeza!", "À nível de..". Podemos citar também o gerundismo, onde muita gente acha que está falando difícil, quando na verdade está fazendo feio: "Vou estar de ligando!", "Estarei verificando e mais tarde estarei entrando em contato." Veja a diferença: Vou te ligar, ou Eu ligo. Vou verificar e depois entro em contato.