Pontos de fricção nas relações profissionais: uma comum realidade na cultura organizacional e suas consequências
Solano estava eufórico, afinal foram mais de 3 meses de uma exaustiva busca por uma recolocação profissional. Ávido por conhecer os seus novos colegas e atribuições, apressou-se para chegar à empresa pelo menos 20 minutos antes do horário normal e estava determinado a manter aquele ritmo, independente de qualquer circunstância, exceto algum problema de saúde ou eventual intercorrência no trânsito. Considerava-se um ótimo colega e desejava, logo nos primeiros dias, poder fazer novas amizades profissionais e, com isso, poder integrar-se à empresa e contribuir com sua reconhecida experiência no chão de fábrica. Sabia ele que o coleguismo é fundamental para o bom andamento do trabalho: dele e da empresa, claro.
Uniformes novos, EPIs e o Manual de Integração novinhos em folha faziam parte de seus primeiros contatos com a cultura e com a identidade da empresa. Recebido pelo RH, fez um rápido passeio por entre departamentos, foi apresentado para o Gerente Industrial, para alguns supervisores, até chegar ao seu posto de trabalho onde poderia ambientar-se com os colegas mais próximos de sua célula produtiva, iniciando de imediato suas funções.
Logo nas primeiras horas, o seu sorriso já começava a ser substituído por um estado de alerta. Não pela atenção tão necessária nas operações técnicas, mas pelos “conselhos” dos colegas. Toda aquela feliz receptividade começava a ser substituída por preocupação e estranhismo. O inesperado infiltrou-se em sua consciência, e as ótimas expectativas iniciais começaram a se tornar frustração. E isso tudo, logo no primeiro dia.
Peter Drucker nos deixou uma série de conceitos precisos a respeito das organizações. Dentre eles, a célebre citação de que a “cultura come a estratégia no café da manhã”.
Solano, personagem que elegemos para ilustrar esta narrativa, é vítima de um ambiente empresarial corrosivo, que podemos classificar com clareza ao identificarmos os pontos de fricção existentes nas relações humanas e que, se não tratados/solucionados, podem comprometer significativamente o desempenho organizacional.
Apresentamos para você, neste artigo do Inspire Otimiza, os principais pontos de fricção nas relações humanas dentro do ambiente empresarial.
Saiba identificá-los:
Existem vários pontos de fricção nas relações humanas dentro do ambiente empresarial, alguns dos principais são:
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Como consequência, na narrativa demonstrada acima, muito provavelmente, será o pedido de demissão voluntária de Solano ou a preservação de seu emprego, por necessidade, gerando, possivelmente, baixa produtividade, burnout e exaustão.
Neutralizar os pontos de fricção em uma organização, é tarefa desafiadora, mas não impossível. Veja abaixo algumas dicas:
Cultura organizacional é um fator crítico para o sucesso de qualquer empresa. Por mais bem planejada que seja a estratégia, se a cultura não estiver alinhada com ela, a estratégia provavelmente falhará. É importante que as empresas invistam na construção de uma cultura positiva e alinhada com os objetivos para alcançar o sucesso a longo prazo.
Mantenha-se completamente envolvido nesses importantes aspectos para o bom desempenho de sua organização.
“O(s) nome(s) mencionado(s) é (são) fictício(s), utilizado(s) com o propósito de preservar a identidade do(s) envolvido(s).
“Fonte: vivência nas organizações, fontes na internet e literatura de gestão empresarial diversas.