Por que “lives” e vídeos são a grande aposta de marketing de conteúdo de 2017
Ontem estive em São Paulo (SP) participando da Conferência Content e Mobile 2017, um seminário muito interessante promovido pela Digitalks sobre tendências de marketing de conteúdo, mobile e social media, entre outros temas ligados ao marketing e ao contexto digital. Gosto muito de participar de eventos porque, além de fazer networking – algo fundamental para qualquer profissional – eles sempre nos trazem bons insights de negócio e/ou de carreira. Até mesmo quando você já conhece um tema ou case apresentado em um evento, sempre surge alguma informação relevante ou alguma abordagem diferente do mesmo assunto que você pode aproveitar para qualificar o seu próprio trabalho. Se uma palestra traz mais detalhes sobre uma nova tendência, melhor ainda. No caso da Conferência Content e Mobile 2017 da Digitalks, o que me chamou a atenção foram alguns dados impressionantes apresentados em duas palestras que confirmam uma tendência já evidente na internet e nas redes sociais: “lives” e vídeos são a grande tendência do marketing de conteúdo de 2017. Se a sua marca/empresa ainda não faz esse tipo de conteúdo, está na hora de surfar nessa onda.
A palestra da líder de Parcerias de Mídia para América Latina do Facebook, Cláudia Gurfinkel, foi muito ilustrativa para demonstrar a relevância que as “lives” e os vídeos ganharam na maior rede social do mundo nos últimos meses – não é à toa que o Facebook lançou recentemente produtos para reforçar a produção de conteúdo ao vivo, como a Live 360 e a Live Audio. O vídeo tem se revelado o formato preferido dos usuários do Facebook – em 2016, foram 100 milhões de horas de vídeo no Facebook. Mas são as “lives” (transmissões ao vivo) que concentram boa parte dessa audiência, que chega a ser quatro vezes maior do que a de posts comuns (texto ou foto) e gera 10 vezes mais comentários.
Apesar de ter sido um formato criado inicialmente para atender transmissões de celebridades, a maioria das “lives” hoje são produzidos por pessoas comuns, como eu ou você, ou por perfis de empresas para divulgar seus produtos ou serviços.
Essa tendência indica que aí está mais uma boa oportunidade para promover sua marca profissional ou mesmo pessoal na rede social que é a principal porta de entrada da internet no Brasil e no mundo atualmente. Entre os cases mencionados pela representante do Facebook para enfatizar o sucesso do formato estava uma “live” que gerou muito barulho no país recentemente, a transmissão ao vivo do Atletiba, partida de futebol entre Atlético-PR e Coritiba realizada em fevereiro. No Facebook, foram mais de 3 milhões de views e mais de 726 mil interações durante a transmissão ao vivo – é bom lembrar que a partida ainda foi transmitida pelo Youtube, também com milhões de visualizações.
Mas por que vale a pena fazer uma “live”? Porque diferentemente de posts comuns ou de vídeos gravados, as “lives” têm algumas características peculiares que atraem a atenção das pessoas. Ainda que seja importante para qualquer marca desenvolver um mínimo de planejamento do que será demonstrado em uma “live”, as transmissões ao vivo com frequência apresentam algo surpreendente ou imprevisto.
As "lives" acabam por ter uma perspectiva única, são autênticas, imersivas e “sem filtro”. Essas características, além de cativarem o internauta, facilitam a conexão social, geram comentários e interações, ou seja, têm tudo a ver com a própria essência das redes sociais e da internet nos dias de hoje.
Aliás, quanto mais natural, quanto mais “sem filtro”, mais eficaz para gerar engajamento nas redes sociais.
Mas se a “live” é um ótimo elemento para compor a estratégia de conteúdo de uma marca, os vídeos gravados também continuam sendo bastante eficientes para reforçar posicionamento, gerar consciência de marca, criar engajamento ou simplesmente vender. É válido destacar que o Youtube concentra mais de um bilhão de usuários em sua plataforma, praticamente um terço de todos os usuários da internet no planeta. O sucesso dos “youtubers” como influenciadores digitais reforça o poder desse formato de divulgação de conteúdo. A marca que consegue emplacar um canal de vídeos bem-sucedido, seja ele um canal de massa ou de nicho, tem boas chances de fortalecer seu branding e ampliar vendas. Em sua palestra na conferência da Digitalks, o diretor de estratégia de marca do site Buzzfeed Brasil, Bruno Belardo, mencionou o case de sucesso do Tasty, um canal de vídeos de culinária que conta com “apenas” 7 bilhões de visualizações por mês em 11 países. Nada mal, não?
Se alguns anos atrás a produção e divulgação de vídeos era algo de difícil execução, hoje o cenário é completamente diferente. Qualquer pessoa ou marca pode produzir um vídeo com um smartphone e em seguida divulgá-lo em um canal no Youtube com muita facilidade. Do ponto de vista técnico, não há mais desculpas para uma marca não ter um canal de comunicação como esse. A partir daí, não o formato, mas o conteúdo passa a ser o principal foco do trabalho. Se a sua marca produz conteúdo relevante, vai atrair audiência e gerar negócios em questão de tempo.
Eu posso dar um relato pessoal sobre a força do vídeo como boa estratégia de marketing. Recentemente criei um canal no Youtube para divulgação de vídeos com dicas rápidas de marketing de conteúdo, estratégia de marketing e personal branding (gestão estratégica da marca pessoal). Trata-se de um canal de nicho, dirigido a profissionais das áreas de marketing e comunicação, além de empreendedores. Apesar de ter sido criado em fevereiro, ou seja, há pouquíssimo tempo, já me trouxe bons resultados: fui chamado para alguns trabalhos como palestrante e instrutor de cursos nas áreas de marketing de conteúdo e personal branding por conta da visibilidade que o canal me deu. Por falar nisso, nos próximos dias vou ministrar cursos sobre marketing de conteúdo em Porto Alegre (RS) e em Caxias do Sul (RS), nos quais vou abordar, entre outros temas, a produção de conteúdos em vídeo (ao vivo e gravado). Se você tem interesse no tema, clique aqui para fazer sua inscrição no curso de Caxias do Sul, nos dias 30 e 31 de março, e clique aqui para se inscrever no curso de Porto Alegre, nos dias 5 e 6 de abril.
Portanto, se você ainda não incluiu “lives” e vídeos na estratégia de marketing da sua marca, e principalmente na estratégia de marketing de conteúdo da sua marca, passe a considerar esses formatos. Ele são, sem dúvida, a grande aposta de 2017 para atrair audiência e visibilidade para as marcas nas redes sociais e na internet.
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Stefan Ligocki é especialista em estratégia de marketing. Atua como consultor, palestrante e instrutor nas áreas de estratégia de marketing, marketing de conteúdo, personal branding (gestão da marca pessoal) e gestão de imagem reputação por meio da empresa KEEP CALM - Marketing Estratégico. Escreve semanalmente no LinkedIn sobre marketing, carreira e gestão de marca. É pós-graduado em Marketing Estratégico pela ESPM e tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Desenvolveu projetos de marketing e comunicação para marcas relevantes como Wal-Mart, Grupo Hospitalar Mãe de Deus, Vonpar, Hospital Moinhos de Vento e Grupo RBS, entre outras.
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