Por que sentimos culpa?
Sentimos um desconforto cada vez maior sobre as responsabilidades que acumulamos durante nossa vida. Por muitas vezes, é a culpa. E ela pesa.
Se colocarmos numa linha temporal, a vida ‘normal’ de uma pessoa que vive em sociedade consistirá em:
o Adquirir valores e padrões;
o Estudar;
o Arrumar emprego;
o Casar-se;
o Ter filhos e netos;
o Deixar um legado;
o E finalmente, morrer.
Mas há nuances que permeiam essa construção diária, que apesar de seguir um roteiro pré-definido e quase padronizado, nos tornam um indivíduo.
Sabemos que ser únicos não nos torna solitários, porém, neste momento há um bombardeio dentro de nossas cabeças. E é fogo amigo.
E durante o processo, ainda olhamos para o lado, nos comparando com pessoas que travam a mesma guerra, mas que expõem apenas suas batalhas conquistadas.
Então nos questionamos:
o Se nossas ações estão de acordo com nossos valores;
o Se nossas atitudes refletem o que a sociedade elegeu como padrão;
o Se estamos obsoletos em relação ao cargo que ocupamos ou que almejamos;
o Se estamos velhos demais para casar, ter filhos e netos;
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o Se estamos ‘deixando um legado’ na terra.
Ufa! Curioso que a resposta para qualquer questão acima, por mais cuidadosa, pensada e planejada, já chega carregada de culpa, pois como diria o outro, ‘em cada escolha, uma renúncia’.
E assim seguimos, cada vez mais cansados, de carregar o peso das correntes que nos colocamos.
Mas vou te contar um segredo. Não somos infalíveis. E nossos valores nem sempre são inquestionáveis.
Diversos caminhos, experiências e aprendizado influenciaram nosso olhar sobre a vida e podemos a qualquer momento, colocá-los em xeque. Devemos questioná-los e se for o caso, simplesmente mudar.
Já parou para pensar que seus pais foram seus primeiros ‘influencers’? 😊
Mas, voltando ao assunto, o que fazemos com a ‘culpa acumulada’, mesmo daquelas ideias e crenças que não temos mais?
Nada. Suas escolhas foram feitas e ponto final. O que podemos mudar a partir de agora?
Não tenho vocação pra coach e prefiro biografias a livros de autoajuda, porém vos digo, poucos (mas caros) leitores, sejamos, a partir de hoje, a melhor versão de nós mesmos. E tá bão demais! Passo a passo, apenas uma versão melhor do que fomos ontem.
É hora de um acordo de paz, um cessar fogo mental para seguirmos adiante.
Sem mágoa, competição ou animosidade.
Os pássaros não disputam espaço, pois sabem da grandiosidade do céu. Apenas voam.
Enquanto escrevo esse artigo (chique, né?) me dou conta que estou entrando na madrugada.
E termino por aqui, prestes a dormir.
Só que hoje, um pouco mais leve.
Sem culpa.