Porquê resolvi produzir meus conteúdos em PODCAST.
“É impressionante como sempre opto pelo mais difícil…”. Essa é uma das frases que mais falo em diversas situações. Seja pelo fato de escolher ser autônomo, por áreas de atuação, entre outras diversas escolhas que fiz. Me arrependo? Com certeza não. Importante é sempre estarmos certos de que independe se o meio é o mais difícil ou mais fácil (Se é que há de fato essa classificação, que em minha opinião, mesmo a usando, é rasa), o que importa de fato é estarmos felizes com o que fazemos.
Tentei produzir meus conteúdos sobre cinema, quadrinhos, literatura e tecnologia em vídeo. Parar, arrumar cenário, câmera, luz… Por muito tempo produzia e gravava dessa forma. Chegava de aula, trabalho, arrumava tudo e gravava. Não podia deixar o ambiente pronto, pois não moro sozinho, não havia espaço se tudo estivesse montado. Acontece que eu adoro produzir vídeos, trabalho com produção multimídia, tenho alguns curtas, nanometragens… Mas são coisas bem diferentes. Eu gravava aqueles conteúdos cansado, pois se eu descansasse, não teria tempo de arrumar as coisas e gravar.
Vídeos são chamativos, a imagem chama, cativa e faz com que alguns usuários das rede social clique para ver. Se é uma chamada, ou um dos meus vídeos de humor, mais chance ainda de se interessarem. Seguiria nisso? Não! Preferi optar pelo mais difícil, e seguir meu velho amor por edição de som, rádio e podcasts. E foi nessa mídia que há 68 episódios eu invisto. Sendo muito mais difícil de chamar ouvintes, seguidores entre outros. Mas foi ali que me encontrei.
Não é e não está fácil investir e divulgar o podcast, o Pêssego Podcasts tem diversos assuntos, parcerias boas (Parceria com as editoras do Grupo Cia. das Letras, onde recebem e falam sobre diversas obras), participações especiais e com os fiéis ouvintes elogiando a edição. Porém, os ouvintes são poucos ainda. Divulgar é difícil, todos sabemos, mas a questão não é essa, a questão é que me encontrei. Me apaixonei e me apaixono cada vez mais por café, mas sou apaixonado por podcasts também (Precisava encaixar meu amor por café em alguma parte desse artigo). Foi nesse formato que encontrei a praticidade de produção que precisava, pois os equipamentos (Visto que tenho quadros em algumas rádios), o gosto pela apresentação e pela edição eu já possuo.
Gravar para mim é como conversar com um amigo, onde ali exponho diversas ideias, me questiono, levanto novas pautas e os assuntos fluem. Já percebi até que em semana onde não gravo, fico agoniado e até irritado. Ali é um momento de terapia, de apresentar, falar e depois editar para que aquele assunto se agregue com uma experiência auditiva prazeirosa. Todos vão ouvir? Acho difícil, mas uma hora eu sei que todo o trabalho terá resultado. Por enquanto é aquele Hobby que exige, mas vale cada minuto. Foi o podcast que me fez voltar a ter um tempo para ler ficção científica, horror, quadrinhos independentes, pois estava focado demais em livros técnicos e na minha coleção de Graphic Novels da DC… Mas quando conseguimos criar um planejamento para nossos projetos é possível otimizarmos para que aquele seja o momento onde conseguimos mesclar diversos prazeres, e ainda produzir conteúdo com o que era até então simples momento de lazer.
A emoção dos momentos em que alguém me para e fala que o último programa estava bom, ou que a análise do livro/ filme deu vontade de comprar/assistir são comentários que, se for um dia que você anda desanimado com números, você esquece tudo e percebe que está no caminho certo. Entretanto esse não foi um dos únicos prazeres que trabalhar com Podcast me proporcionou, tanto que ainda quero escrever um artigo sobre o Podcast como ferramenta para negócios, pois trabalhar com áudio me ajudou demais no mercado de trabalho. Cada vez que editamos queremos trazer uma experiência nova para o ouvinte, trabalhar detalhes novos, deixar o programa com boas pausas para que a discussão não se torne cansativa, avaliar o volume para que não esteja claro apenas para você, mas que você saiba que estará bom no fone mais simples até o de melhor qualidade. Se entrarmos na questão de diálogo, posicionamento, dicção e clareza, veremos uma vantagem ainda melhor, pois o seu programa não pode ser enrolado, precisa ser claro, compreensível e você precisa se posicionar, e isso refletirá em seu dia a dia (Mas falarei isso no outro artigo).
Para finalizar, acredito que esse texto serviu mais como um desabafo, para mostrar que muitas vezes temos que nos adaptar e trabalhar com o que sabemos que podemos fazer bem. Trabalho ainda com vídeo, posto alguns hora ou outra, mas todos editados por alguém que é focado nisso. Valeria a pena eu focar em produzir como material principal um conteúdo onde eu estava sem tempo para gravar e editar? Publicaria-os sem seu real potencial e em qualidade inferior. Poderia ter um público, mas não estaria sendo sincero com ele. Pretendo sim chegar ao ponto de gravar vídeos periódicos e na qualidade merecida por meu público, mas o que não posso é desfocar do caminho que escolhi, mesmo que seja “mais difícil” de atrair público, pois os que estão aparecendo estão o citando pela qualidade.
E você, como escolheu começar a se divulgar [além dos artigos e LinkedIn, claro]? Por qual meio de comunicação você prefere lançar seus conteúdos? Está feliz e realizado com isso?
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Pedro Gonçalves é Coordenador de marketing na Pêssego Atômico - Produção multimídia e Consultoria em Marketing, trabalha com consultoria e gestão com diversos clientes na região da AMUREL em Santa Catarina.
Também é host do podcast Pêssego Podcasts onde fala de Literatura, Cinema e Quadrinhos, e possui quadros semanais nas rádios Porto Gravatá (Gravatal - SC) e Pamppas WEB (Porto Alegre - RS).
Roteirista de Sketches de comédia pela The Second City - Comedy School de Chicago.
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