Porque o Povo se endividou?
As pesquisas mais recentes mostram que as famílias da classe C respondem por 50% do crédito no Brasil. Somam 88,5% das famílias brasileiras que fazem girar o movimento das pequenas e médias empresas. Em outras palavras giram o comércio interno do País.
Esses cidadãos nos últimos anos engrossaram a base da nossa pirâmide social e teve acesso a novos bens de consumo e novidades que não tinha antes. Segundo pesquisas, por motivos variados, novas tecnologias, incentivos fiscais, salários maiores, crédito fácil, propagandas.
Mesmo assim o que também se observa nessas famílias é uma vulnerabilidade. Em geral tirando as famílias da classe C1, cuja renda per capita é maior, as demais C2, C3 e DE estão na economia informal; seus salários são baixos; não podem pagar por serviços privados como de educação e saúde e, portanto, dependem totalmente dos serviços públicos.
Porém revelam as pesquisas que a nova condição social trouxe coisas boas e ruins. E que o grande vilão do endividamento não é o consumo, nem o desejo de comprar dessas famílias ou a abundância de crédito, mas a falta de educação financeira.
As pesquisas revelaram um total despreparo em lidar com o Marketing Promocional dos Superfulos seja de Luxo ou de Quinquilharias, da necessidade de ter, para fazer parte. De não perceber o comprometimento da totalidade da renda. Quando o preço dos itens básicos de sobrevivência deslanchou, a renda simplesmente não acompanhou.
Provam as pesquisas que isso não pegou uma família desprevenida, mas a totalidade da classe C. Que então comprometidas, essas famílias mudaram radicalmente o consumo somente para o essencial que se tornou caro. Com isso, mostram as pesquisas que o consumo de outros bens caiu. Essas famílias pararam de consumir, e veem atrasando pagamentos, paralisando o comércio e consequentemente criando o endividamento de modo geral como mostram as pesquisas.
Para reverter esse quadro, mostram as pesquisas, haverá muitas perdas.
Especialistas apostam na Educação Financeira no ensino publico e particular para mostrar as crianças, jovens e adultos como administrar o dinheiro.
O quanto podem gastar como poupar e se preparar para possíveis imprevistos. Saber o que pensam, como vivem e, principalmente, como estão lidando com o próprio dinheiro também é fundamental na elaboração do plano de implantação da Educação Financeira, dizem esses especialistas.
Diretor Executivo +4 // +Arriero Consultoria de Gestão +Seran Group +Rumo Cultural + Empresas
9 aSomos massa de manobra de um marketing populista. Onde nos leva ao endividamento compulsório. Dos idosos e aposentados, com os empréstimos consignados, onde as pensões male e male cobre os gastos com saúde. Dos ativos e produtivos, acenando ora com préstimos da casa própria e ora na aquisição de bens que estão isentos de impostos como a linha branca e dos automóveis. Congelam-se preços e represam-se o próprio desenvolvimento. E assim está sendo com os combustíveis, energia elétrica e outros tantos que são novos velhos conhecidos. Atrás disto tudo estão os juros que engordam a bujarrona do governo e fazem a alegria das empreiteiras nos países de retorno incerto. E nós onde estamos? Nas filas dos PSs, com nossos filhos em casa porque as escolas desabam de tão podre obras de construção. Somos abatidos nas esquinas por levas de criminosos sem fim que ontem eram desempregados e hoje não passam de ladrões. Que Nação é esta que não dá esperança de futuro, só acena com redução da maioridade penal para internarmos nossos jovens que não tem mais salvação. Qual foi o sonho que não sonhei, que esperança que deixei de ter... Se hoje deveríamos ser o exemplo de uma geração digna e honrada, ilibada e incorruptível, pergunto-me onde foi que erramos... E se temos tempo para resgatarmos a nossa dignidade e o sonho de sermos uma grande Nação. Espere meu filho, quem sabe o meu neto possa lembrar que um dia houve um avô que chorou por toda esta podridão... kbt