Porque rodear-se de pessoas que pensam diferente pode ser positivo?
É ótimo quando você conhece pessoas que podem atestar preferência e reconhecimento nos seus diálogos, opiniões e posturas. Costuma ser ótimo porque gera encaixe, traz conforto e pouco esforço.
Temos a tendência natural em relutar a promoção da diversidade de pensamento por medo de conflitos e atritos nos relacionamentos. No entanto, adotar esta postura como a ‘melhor’ pode ser prejudicial, porque poderá restringir seu potencial e crescimento como pessoa.
Há um estudo fantástico desenvolvido pelos pesquisadores Alisson Reynolds e David Lewis, cujo resultado foi publicado na Harvard Business Review.
Os autores testaram seis equipes fazendo uso de um modelo matemático para mensurar o que eles chamaram de ‘diversidade cognitiva’, definindo até que ponto o grupo avaliado tinha uma mentalidade igual ou diferente entre si.
O achado dos pesquisadores sugeriu que quanto maior a diversidade, melhor. As equipes com maior diversidade cognitiva demonstraram ter um desempenho bem superior. Todavia, as equipes com menor diversidade obtiveram resultados aquém do esperado.
Ao cerca-se de pessoas com diversidade [pensamentos, vivências, preferências políticas, sexo, idade e profissão], é forçada a saída da zona de conforto e passa-se a considerar novos pontos de vista que nunca foram percebidos ou conectados antes.
Quanto mais diversificada for nossa rede de relacionamentos, melhor - se optarmos sempre por abrir portas e apreciar somente aqueles que possuem ideias parecidas, deixaremos de explorar muitas oportunidades e o compartilhamento de vivências ricas e transformadoras.
Certamente, não bastaria a diversificação de pensamentos e opiniões e, neste aspecto, Shawn Archor em sua obra “Grande Potencial”, entende que seria necessário ter propósitos que satisfaçam sua vida. Para isto, ele trouxe três combinações que podem ser observadas com a diversidade cognitiva:
- Pilares. Basicamente constituído por pessoas que atuam como porto seguros em momento de dificuldade. Aquelas pessoas amigas que você pode contar em momentos difíceis e mais duros;
- Pontes. São aquelas pessoas que nos conectam a outras ou recursos fora do seu ‘ecossistema natural’. O autor aponta que é um grande erro pensar que conectar-se a pessoas com excelente status podem trazer benefícios ou agregar conhecimento;
- Extensores. São aquelas pessoas ‘boa-praça’ e positivas que forçam outras a saírem da zona de conforto. Exemplo: sendo tímido e introvertido, pode buscar nos amigos extrovertidos novas experiências e percepções.
Portanto, embora seja muito bom cercar-se de pessoas que pensam de forma parecida, tendo isto como foco preferencial ou único, pode limitar a exposição não apenas de ideias e perspectivas diferentes, mas também privar de novas experiências.
É um belo desafio: aprender a ouvir lados opostos aos nossos, com inteligência, respeito e empatia.
Recursos Humanos
7 mD'facto é muito bom o artigo mas infelizmente não funciona assim no correr da vida. Alias, felizmente porque se todos temos a mesma ideia e formos todos para o mesmo caminho não é facil... Mas claro que vai evitar muita coisa e criar outra muita coisa. Talvez o êxito passe pela compreensão
Analista de Crédito PJ na V.I Fiberglass e Empresário Contabilista-Gestor Financeiro na WitCon Inteligência Contábil
5 aExcelente artigo, Marcia; um convite à reflexão. Vale citar a sentença do falecido jornalista americano, ganhador de 2 prêmios Pulitzer, Walter Lippmann: "Quando todos pensam o mesmo, ninguém está pensando."
Advogado Especialista em Direito Tributário, sócio fundador da FN | Ferreira Nascimento Advocacia
5 aMarcia, obrigado, muito bom o texto para rever nossos conceitos. Adorei.
Administradora, Especialista Tributária e Consultora Fiscal, Coaching Pessoal.
5 aParabéns pelo artigo.
Professor do Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Finanças Empresariais - Universidade Presbiteriana Mackenzie
5 aGostei Márcia.