POTENCIAL BIOMASSA FLORESTAL MADEIRA BRASIL ZERO CARBONO
A Biomassa é toda a matéria orgânica produzida e acumulada num ecossistema. As plantas e as árvores removem o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e armazenam-no sob a forma de compostos orgânicos enquanto crescem, através do processo da fotossíntese. Neste processo a luz, a água, os sais minerais do solo e o CO2, são utilizados como matérias-primas. A fotossíntese decorre enquanto tiver disponível luz, água e CO2. A queima de biomassa em habitações, em processos industriais, para a produção de energia elétrica, devolve à atmosfera o CO2 retido. O crescimento de novas plantas e árvores mantém o ciclo do carbono atmosférico em equilíbrio, através da reabsorção deste CO2. Este ciclo de carbono “zero” ou neutro pode ser repetido indefinidamente, desde que a biomassa seja regenerada nos próximos ciclos, colhida para utilização e replantada de novo.
A gestão sustentável das fontes de biomassa é de extrema importância para garantir que o ciclo do carbono não seja interrompido. No entanto, esta condição apenas se verifica se excluir, para efeitos de análise, as emissões adicionais de CO2 fóssil libertadas na extração, pré-tratamento e transporte da biomassa. De qualquer forma, o balanço global do CO2 neste sistema é menor do que o balanço de CO2 num sistema de produção de energia elétrica a partir de um combustível fóssil, como, por exemplo, o carvão. Os combustíveis fósseis, tais como o gás, o petróleo e o carvão, não são considerados neutros em carbono, visto que libertam o CO2 que foi armazenado durante milhões de anos e não possuem qualquer capacidade de armazenamento de carbono.
A combustão da biomassa opera e o papel fundamental que as florestas desempenham nesse processo. Os combustíveis fósseis extraídos e queimados emitem carbono que ficou preso no solo por milhões de anos. A queima de combustíveis fósseis tem o efeito adverso de introduzir na atmosfera carbono adicional que os sumidouros naturais de carbono não têm capacidade de absorver e, portanto, esse carbono permanece na atmosfera. Em suma, a queima de combustíveis fósseis resulta em aumento permanente e irreversível das concentrações de dióxido de carbono e essencialmente modifica a dinâmica do ciclo do carbono.
O ciclo do carbono da biomassa, em contraste, oferece uma vantagem clara porque a combustão da biomassa emite carbono que já faz parte do ciclo do carbono biogênico. Opera em um fluxo contínuo de carbono entre a biosfera e a atmosfera. A bioenergia não gera nenhum carbono biogênico adicional líquido na atmosfera. Ao usar a bioenergia, substituindo as emissões fósseis e é aí que a atmosfera vê a diferença.
As florestas são atores essenciais na luta contra as mudanças climáticas e as práticas florestais sustentáveis podem promover a taxa de sequestro de carbono. Mais notavelmente, a força dos sumidouros de carbono tende a diminuir à medida que as florestas de conservação se aproximam da maturidade. No entanto, as florestas que são geridas e mantidas de forma ativa - e sustentável - têm uma maior resistência ao sumidouro. Além disso, as florestas que não são manejadas ativamente apresentam um risco maior de desmatamento por meio de processos naturais, como infestações de insetos ou, como vimos recentemente, incêndios florestais. O manejo florestal sustentável apoia o sequestro de carbono e o ciclo natural do carbono da floresta e, portanto, continua sendo uma prática essencial para manter o estoque de carbono. Simultaneamente, a gestão florestal sustentável contribui para a produção de uma energia renovável, acessível e neutra em carbono que pode apoiar a neutralidade climática e conduzir para um futuro mais limpo e verde.
Biomassa utilizada para a geração de energia ou bioeletricidade é qualquer material orgânico. Matéria-prima do processo de desbaste (resíduos) florestal onde:
(I) são subprodutos do processo florestal (madeira, celulose), industrial ou agrícola e
(II) são colhidos de acordo com as leis de manejo florestal.
(III) materiais residuais, incluindo:
(A) resíduos de culturas;
(B) outros materiais vegetativos e óleos minerais (incluindo resíduos de madeira);
(C) de resíduos animais e subprodutos (incluindo as gorduras, óleos, graxas e estrume de animais); e (D) a fração de materiais biogênicos, incluindo todos os resíduos segregados, resíduos alimentares, resíduos de jardim e de águas residuais biosólidos estação de tratamento;
(IV) materiais vegetais, incluindo : (A) grãos; (B) outros produtos agrícolas; (C) árvores colhidas em conformidade com as leis de manejo florestal, as regras e regulamentos; (D) de outras plantas, e (E) algas, plantas aquáticas e derivados (incluindo óleos).
A biomassa constitui uma fonte renovável de produção energética para a produção de eletricidade, calor ou combustível. A utilização da biomassa apresenta um conjunto importante de vantagens de natureza tão diversa como a redução da emissão de gases com efeito de estufa, o aumento da diversidade de oferta de energia.
Com posição de destaque com uma economia de baixo carbono, o setor florestal por sua alta produtividade, tecnologia incorporada, melhores práticas de manejo florestal, responsabilidade social e modernas instalações produtivas.
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Com uma área total de árvores cultivadas somando 10 milhões de hectares, atua, comumente, em áreas anteriormente degradadas pela ação humana. As áreas com cobertura de eucalipto corresponderam a 76,3% das florestas plantadas para fins comerciais no País. Enquanto 42,6% das áreas de eucalipto concentraram-se na Região Sudeste, na Região Sul observou- se predominância de florestas de pinus, correspondentes a 51,6% do total da Grande Região.
Com uma quantidade estimada de 12,6 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a 24,6% do total nacional, o Estado do Paraná destacou-se relativamente à lenha com origem em florestas plantadas, superando o Rio Grande do Sul, que apresentou um volume 6,9% menor que o do ano anterior.
Juntos, eucalipto e pinus foram responsáveis pela cobertura de 96,1% das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins comerciais. As áreas de eucalipto somaram 7,6 milhões de hectares. Assim como na maioria das atividades produtivas, o setor florestal apresenta perdas no processo produtivo, desde o corte da árvore até seu processamento em indústrias primárias e secundárias.
Grandes quantidades de sobras de menor valor comercial são produzidas, chamadas tradicionalmente de resíduo. Os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina continuam sendo os maiores detentores de florestas plantadas no País.
Os plantios de pinus concentram-se na região Sul, com 87% do total, sendo o Paraná o principal produtor. Entre a produção de outras espécies, Mato Grosso se destaca com plantação de teca, Rio Grande do Sul e Roraima com acácia e Mato Grosso do Sul, seringueira.
Em relação às características físico-químicas da madeira de eucalipto, apresentam uma elevada variabilidade da densidade básica da madeira, podendo variar 380 kg/m³a 750 kg/m³, sendo uma densidade básica média em torno de 500 kg/m³. O poder calorífico superior situa-se em torno de 19,0 MJ/kg.
Os resíduos florestais podem ser classificados em resíduos do manejo florestal e tratos silviculturais (referentes a desbastes e desramas), resíduos da colheita florestal (galhos, topos, folhas, tocos, casca e outros resíduos) e resíduos do beneficiamento da madeira (gerados na indústria de base florestal, como cascas, resíduos de serrarias e indústrias de chapas de madeira, licor-negro).
Os resíduos lenhosos representam madeira que foi produzida pela floresta, mas não foi retirada para ser consumida. Esta disponibilidade adicional de madeira a partir dos resíduos lenhosos pode ser substancial, sendo que a quantidade pode variar de 10% a 20% da madeira comercial colhida a partir de florestas plantadas e de 60% a 70% de florestas naturais. Para este estudo, utilizou-se o valor médio de 15% para cálculo de resíduos gerados no campo de florestas plantadas e 65% para florestas naturais.
Potencial de Biomassa Residual Florestal da Colheita e Extração. Considerou-se a soma dos dados de produção em tora de madeira, relativa às atividades de silvicultura e extrativismo vegetal. Temos um total de resíduos gerados no processo florestal de 34.795.898,44 metros cúbicos.
Potencial de Biomassa Residual do Processamento Mecânico da Madeira. Foram utilizados os dados do IBGE relativos à produção da extração vegetal e silvicultura. Considerou-se a soma dos dados de produção em tora de madeira, relativos às atividades de silvicultura e extrativismo vegetal, com exceção de dados relativos à lenha e indústria de papel e celulose, as quais não passam pelo mesmo processo. A geração de resíduo de madeira processada mecanicamente para o Brasil foi equivalente a 50.778.566,33 m³, valor correspondente a 45% de perda no processamento das toras. Temos o total de geração de resíduo da cadeia florestal somando as etapas de colheita e processamento mecânico da madeira. A geração de resíduo da cadeia florestal para o Brasil foi equivalente a 85.574.464,76 m³.
Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa Bioenergia Bioeletricidade Pellets
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