A poupança é a aplicação mais popular?
Taxa de juros em 5%, menor patamar da história, chegou a hora do brasileiro buscar informações sobre as formas de investir melhor seu dinheiro!
A poupança foi instituída através de decreto em 12 de janeiro de 1861 pelo Imperador D Pedro II ao criar a Caixa Econômica. No artigo 1.º do capítulo I do seu regulamento deixava explícito o seu único objetivo:
“Tem por fim receber a juro de 6%, as pequenas economias das classes menos abastadas, e de assegurar, sob garantia do Governo Imperial, a fiel restituição do que pertencer a cada contribuinte, quando este o reclamar”.
Segundo pesquisa realizada pelo instituto Data Folha para conhecer os hábitos econômicos da população, foram ouvidos 3,3 mil pessoas das classes A, B e C, economicamente ativas em 152 municípios de todo o país, entre os dias 05 e 19 de março de 2018.
Encomendada pela ANBIMA(Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), portanto, 156 anos após seu surgimento a poupança é a aplicação financeira mais lembrada e utilizada no Brasil conforme os dados apurados.
A pesquisa mostrou que mais da metade dos brasileiros não conhece e não utiliza produtos de investimento. Em respostas espontâneas, ou seja, sem opções de escolha, apenas 45% da população afirmou conhecer um ou mais produtos. Houve menções para ações (11%) e fundos de investimento (9%).
Os Fundos de investimentos foram mais lembrados do que os produtos de fato utilizados nas carteiras de investimentos dos brasileiros, como os títulos públicos (8%) e a previdência privada (3%).
O quadro muda na pesquisa estimulada. Nesta metodologia, quase a totalidade dos entrevistados (96%) diz conhecer alguma modalidade de investimento e cada um menciona, em média, de quatro a cinco classes de aplicações.
O conhecimento da caderneta de poupança sobe para 92% e as ações são indicadas como investimento por 77% da amostra. A previdência privada passa para o terceiro lugar, com 71%, na frente dos fundos de investimento (58%).
A previdência privada é citada mais vezes na camada social mais alta. Moedas digitais são lembradas por 43% dos entrevistados.
O percentual da população que diz não conhecer nenhum investimento cai para 3%, com predomínio na faixa entre 16 a 24 anos da classe C.
Preferência nacional entre os 42% da população que são investidores, a poupança é o destino das economias de 89% dessas pessoas.
O perfil, predominante é daqueles com mais de 25 anos, maior escolaridade, renda superior a dois salários e pertencentes às regiões Sudeste (39%), Sul (42%) e Centro-Oeste (39%).
O Norte e o Nordeste têm uma participação muito tímida nos investimentos de forma geral, não apenas na poupança.
Com a taxa de juros em 5%, menor patamar da história, chegou a hora do brasileiro buscar informações sobre as formas de investir melhor seu dinheiro.
Referência bibliográfica
Raio-X do investidor brasileiro, publicado em março de 2018. Pesquisa realizada pelo Instituto Data Folha sob encomenda da ANBIMA.