Prazo É Coisa Séria, Para Líderes Também: O Impacto no Desempenho e na Saúde das Equipes

Prazo É Coisa Séria, Para Líderes Também: O Impacto no Desempenho e na Saúde das Equipes

No mundo corporativo, as equipes operacionais trabalham com cronogramas apertados, sempre correndo contra o tempo para entregar resultados. Mas, infelizmente, o que se observa com frequência é que, enquanto as equipes se esforçam para cumprir prazos, as lideranças nem sempre demonstram a mesma urgência ou comprometimento.

Essa desconexão pode ter efeitos devastadores, tanto para a eficiência da empresa quanto para a saúde mental dos profissionais envolvidos. É frustrante e desgastante para quem busca eficiência ver que, apesar do esforço, as metas não são cumpridas, não por falta de trabalho, mas por falta de alinhamento com quem deveria liderar o processo.

A sensação de estar constantemente "atrasado" ou "correndo atrás" cria um ciclo de estresse e desmotivação. Colaboradores que se preocupam com seu desempenho acabam carregando um fardo psicológico desnecessário. Como Peter Drucker, um dos maiores pensadores da administração, já dizia: "O propósito da liderança é garantir que todos estejam alinhados e a caminho dos mesmos objetivos".

Quando a liderança não trata os prazos com a mesma seriedade que exige das suas equipes, o impacto vai além da simples falha operacional. Afeta o engajamento, o comprometimento e, eventualmente, o resultado final. No livro Leaders Eat Last, Simon Sinek destaca que líderes eficientes devem servir de exemplo para suas equipes, oferecendo clareza e segurança. Se não há esse compromisso com as metas, o resultado é um ambiente de ansiedade e incerteza, onde a confiança se dilui.

O aspecto da saúde mental dos colaboradores também não pode ser ignorado. Profissionais que vivem sob constante pressão para cumprir prazos, sem o apoio claro e efetivo de suas lideranças, estão mais propensos a desenvolver esgotamento e desmotivação. Adam Grant, psicólogo organizacional e autor de Give and Take, fala sobre o efeito destrutivo que ambientes de trabalho tóxicos podem ter sobre os indivíduos. Sem reconhecimento e clareza, o risco de burnout é real.

Então, qual é a solução?

É importante que as empresas em seu planejamento, precisam repensar a cultura em torno do modelo gestão e gestores. A responsabilidade não pode ser unilateral, onde apenas as equipes operacionais se veem obrigadas a cumprir cronogramas e entregar os resultados. É fundamental que as lideranças se comprometam de forma séria, com os mesmos prazos e metas. Quando a liderança assume essa postura, cria-se um ambiente de confiança, respeito mútuo e alta performance.

Alinhar expectativas, comunicar-se com clareza e, sobretudo, mostrar comprometimento em todos os níveis é o que distingue empresas que prosperam daquelas que ficam presas em um ciclo de frustração.

Ao garantir que todos, desde a liderança até as equipes de operação, estejam alinhados em termos de prazos e responsabilidades, as empresas não apenas melhoram seu desempenho, mas também preservam o bem-estar e a saúde mental de seus colaboradores.

Afinal, a eficiência não é uma responsabilidade isolada; é um esforço coletivo.

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