Precisamos pensar em nosso local de trabalho
Se passamos grande parte do nosso dia no trabalho, precisamos que ele seja um ambiente acolhedor e, ao mesmo tempo, estimulante. As empresas precisam pensar no local onde seus funcionários criam, controlam, planejam, enfim, fazem a organização andar e crescer. E nem falo de construir um miniparque de diversões com mesas de pingue-pongue, bebidas e comidas à vontade, com pufes, redes e camas. Penso em um ambiente saudável, agradável e propício para a execução das tarefas de seus colaboradores.
Obviamente, é preciso pensar nas variáveis que cada área exige – não podemos colocar o mesmo tipo de iluminação, por exemplo, em um escritório de criação e em um fábrica. Esse ambiente de trabalho deve ser decidido por uma equipe multidisciplinar, contando com a participação da Segurança do Trabalho inclusive.
Mas é possível adotar algumas medidas, físicas ou de atitude, para que o nosso local de trabalho fique melhor e que o funcionário se sinta reconhecido e valorizado.
1. Ter uma equipe coesa e que “jogue junto”
É claro que não se deve ter um monte de funcionário-padrão, com o mesmo pensamento, tudo muito igualzinho, muito robozinho. Mas um “do contra” por esporte pode contaminar negativamente toda a equipe e fazer com que o trabalho desande, o desânimo se instale e a proatividade se perca. Pensamentos diferentes enriquecem, um confronto de ideias saudável é fundamental, mas é aquilo: é preciso que todos tenham um denominador comum, o sucesso da empresa, e a laranja podre pode ser um fator decisivo para um ambiente ruim.
2. Espaço para descanso
Uns chamam de espaço do colaborador, outros chamam de sala de descanso.... Há inúmeros nomes, mas o objetivo deve ser um só: um ambiente em que os colaboradores possam usufruir no seus momentos de pausa, seja na hora do almoço, seja em pausas já combinadas com a gerência.
A empresa tem verba? O céu é o limite: salões equipados, academia, ofertas de serviços (espaço para extração e armazenamento de leite materno, manicure e pedicure) e área de meditação são algumas das ideias.
Mas não tem problema se a empresa não tiver dinheiro para fazer algo superbem elaborado. Poltronas ou sofás, um som ambiente, uma TV e uma iluminação propícia ao descanso com paredes com cores convidativas ao relaxamento já ajudam o funcionário a descansar depois de sua refeição, ler um livro, cochilar, encontrar com colegas de outros setores para um bate-papo que pode até acabar em ideias, por que não?
Vale pensar também se os funcionários precisam e a empresa tem uma estrutura mínima para oferecer uma sala à parte para o refeitório.
3. Pensar no crescimento do funcionário
Treinamentos, palestras e planos de carreiras parecem ser coisas básicas, mas nem toda empresa pensa assim. Muitas acham que o desenvolvimento deve partir somente do funcionário, como um esforço particular, individual. Mas uma equipe treinada e qualificada significa uma empresa muitos passos à frente e ainda tem funcionários comprometidos e que reconhecem o investimento que o empregador faz, é uma relação de confiança.
4. Escolha do mobiliário e sua disposição
Pode parecer besteira, mas, se o funcionário fica o dia inteiro sentado à frente do computador, ele precisa de móveis ergonômicos que minimizem dores e problemas de saúde. Isso significa mais produtividade e menos afastamento do trabalho. A maior parte da equipe trabalha em fábrica, então o maquinário está instalado corretamente? Todos os itens de segurança estão em dia? São soluções fundamentais que a equipe da Segurança do Trabalho deve guiar.
Além disso, hoje em dia, muito se fala em equipe integradas, com espaço aberto, sem divisórias. Isso é ótimo para troca de ideias, mas o trabalho realizado ali exige uma concentração que o falatório ao telefone da mesa ao lado pode atrapalhar? Dois colegas precisam trocar informações sempre, mas o restante da equipe nem tanto. Então, é tão necessário colocar um espaço tão aberto? Colegas que trabalham quase em dupla sentados longe? O gestor de cada área precisa opinar como sua equipe vai se estabelecer; o funcionário dando seu pitaco, melhor ainda. É o velho ditado: “nem sempre o que é bom pra mim [no caso, o meu setor] é bom pra você [o seu setor]”.
5. Saúde mental da equipe
Todos vivem sob pressões variadas, seja em casa ou no trabalho. Então, por que não cuidar da saúde mental do seu funcionário? Pode ser uma sessão de aconselhamento com um profissional, uma hora de atividade de relaxamento por semana, uma ginástica laboral que concilie relaxamento físico e mental. O que importa é manter uma equipe positiva e saudável.
6. Senso de equipe
Os funcionários de uma empresa são pessoas com suas individualidades, diferenças e crenças, que, muitas vezes, não se conheciam e que passam a conviver de 8 a 10 horas por dia. Muitos se dão bem e formam amizades além do trabalho, outros convivem harmoniosamente e têm aqueles que não entraram no espírito. Confraternizações, como uma pizza numa sexta à tarde ou um almoço conjunto uma vez por mês, aliviam o estresse, unem as pessoas e fazem com que elas acabem se conhecendo mais. Não é que todos precisam ser amigos de infância, mas um time que confia um no outro e integrado vale ouro.
7. Dar e receber feedback
O funcionário gosta de saber que foi bem em um trabalho e ser encorajado a continuar assim ou melhorar em alguns pontos. Oferecer esse retorno ao colaborador é importante, sem ofensas e grosserias, apontando os pontos positivos e os falhos. Faça reuniões individuais, caso seja um assunto muito delicado, mas faça também as coletivas para dar aquele senso de equipe e encorajamento e mostrar o caminho do projeto e que seus funcionários têm toda a capacidade de chegar lá.
E espere também o retorno de como está sendo sua liderança. Não é “vamos malhar o Judas” e aproveitar para apanhar pura e simplesmente, mas ter a humildade de reconhecer que um funcionário pode ter ficado sem gestão em parte do caminho, que ele sentiu falta disso e quis te avisar.
Há muitas outras soluções – uma daquelas máquinas de venda de guloseima, um dia do bolo, quem sabe? Um mimo não faz mal a ninguém –, como uma comunicação interna eficiente, personalizar a mesa de trabalho sem atrapalhar o colega, fornecer os equipamentos necessários para o desempenho da equipe, distribuição justa de tarefa, flexibilização de horário, quando possível.
Enfim, há soluções com baixos custos, custo zero ou com custos mais altos, mas o que realmente importa é mostrar a valorização do funcionário e tornar o ambiente de trabalho em um lugar propício para o seu desenvolvimento e criar nele, o colaborador, a ideia de pertencimento.
Transformação Digital & Cloud Oracle - Setor Público
6 aMuito bom