Presidente Putin, solicita apoio aos membros do BRICs contra Ucrânia
O pedido de cooperação do presidente Putin ao Brasil, Índia, China e África do Sul frente ao conflito com Ucrânia e ao apoio que este país recebe da Otan; formada por um grupo de trinta nações que atuam sobre o controle dos Estados Unidos, é realmente preocupante, visto o poder militar e econômico da China, que deve tomar partido.
As operações militares russas em território ucraniano já chegaram a seu estágio final antes dos 100 dias do início do conflito que começou em 24 de fevereiro deste ano.
Mais que por interferência da Casa Branca continua até os dias de hoje, por meio do envio de dinheiro e material de guerra para Ucrânia proveniente da Alemanha e outros países do Bloco da Otan.
Podemos pensar que esse era um conflito distante do território brasileiro que envolvia países pouco familiares e com os quais mantemos relações diplomáticas estáveis.
Porém, e como membro dos BRICs, cabe ao governo brasileiro tomar medidas eficazes que ajudem o presidente Putin em sua empreitada militar na Ucrânia e não adotar uma simples posição política de apoio a Rússia
Ao final, recentemente a Rússia privilegiou o Brasil disponibilizando fertilizantes enquanto o mundo sofria as consequências da sua carência.
O próprio presidente Putin abriu as portas da Rússia para cooperar no desenvolvimento do núcleo de energia nuclear para o submarino brasileiro que a muitos anos por aqui vem sendo desenvolvido.
Entendemos que a resposta do Brasília será conhecida nos próximos dias, pois o Planalto terá que conversar com cada uma das forças armadas até chegar a um consenso que neste caso será um comprometimento que pode mudar a direção política do país, mediante o afastamento dos Estados Unidos se o Brasil for a favor da Rússia, ou um afastamento do BRICs se for uma negação de ajuda à Rússia.
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O presidente Biden novamente demonstrou preocupação pelos rumos que os países abaixo do Rio Grande vêm tomando, com sua notória inclinação para a esquerda.
México, Nicarágua, Venezuela, Peru e Argentina já tem governos marxistas populistas contrários do capitalismo, e a favor da estatização direta e indireta dos sistemas produtivos; políticas que vem gerando a fuga de dólares, a saída de investidores nacionais e estrangeiros e um notório aumento da inflação, da pobreza e do crime urbano que por sua vez geram, a fuga das pessoas para países mais seguros e de economias mais estáveis.
Os povos do Chile e mais recentemente da Colômbia, também optaram por governantes marxistas que aos poucos seguirão suas políticas econômicas anticapitalismo com as consequências sociais já conhecidas.
Apoiar a Rússia na sua empreitada militar na Ucrânia ou negar esse apoio, marcará a posição do Brasil por muito tempo frente aos Estados Unidos e aos trinta países da OTAN.
É uma decisão difícil que envolve interesses nacionais que ultrapassam o andamento de um governo.
Rodrigo Hernan Gonzalez Ruiz, é Doutor pela Universidade de São Paulo, USP., e Pós-graduado em Política Internacional pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Fesp.