As primeiras paixões a gente nunca esquece!

As primeiras paixões a gente nunca esquece!

Dos meus primeiros anos de idade até os meus 10 anos tive uma infância privilegiada sendo sustentada, em todos os sentidos, tranquilamente por meus pais! Eu e meu irmão fomos estimulados desde crianças... como duas crianças brincávamos, nos divertíamos e, ao mesmo tempo, já descobríamos um pouco dos nossos interesses e habilidades profissionais futuros.

Lembro quando minha mãe esticava no quintal de casa rolos de papel e colocava giz, lápis de cor e outras coisas para nós desenharmos e colorirmos todos eles... eu me empolgava tanto que ia além dos rolos. Ia dos rolos às paredes, até mesmo para outros lugares da casa (risos)! Gostava tanto das artes já desde criança que tudo que colocavam na minha frente, como argila que eu achava uma delícia de mexer, eu moldava ou transformava em algo.

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Mais tarde entendi que, espertamente, nossos pais nos motivavam a ter curiosidade, a gostar de estudar, experimentar o que tivéssemos interesse de aprender, e minha mãe especialmente a ler, a trabalhar a criatividade e a procurar sempre adaptar comportamentos, conceitos e conhecimentos para que não ficássemos limitados a apenas uma coisa na vida!

Por consequência, ainda pequena já me envolvia com a Literatura e com a escrita... passava horas e mais horas lendo poemas, aventuras e fantasias (ainda não tinha o apetite voraz por uma leitura mais adulta regada a suspense, mistério e investigação) e escrevendo no meu diário e fazendo poesias, guardadas em ótima conservação até hoje! Por incrível que pareça essa é a única parte de mim que seguiu intacta... viraram paixões! Sem contar que aumentou minha vontade de trabalhar com algo que me permitisse escrever. E este artigo é uma das provas disso!

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Entre a infância e a adolescência, respondia várias coisas distintas sempre me perguntavam "O que você quer ser quando crescer?". Ainda criança dizia as coisas sem nem ainda conhecer o mundo profissional... "atriz", "quero ser limpadora de carros", etc., sabe aquelas verdadeiras pérolas da idade que fazem os adultos rirem?!

Mas logo carreiras no mundo das artes à pediatria passaram pela minha cabeça um tanto inocente! Talvez, por conta da arte presente nas veias maternas, eu já desenvolvia um certo talento com meu humor, minhas imitações e a expressividade, observada pela minha mãe, em meu corpo e em meus desenhos e, por muito tempo, demonstrei seguir carreira nos campos da atuação, do desenho e, inclusive, da moda.

Com o passar dos anos, brincando e convivendo com crianças e adolescentes mais novos que eu e também cuidando delas, criei o gosto por estar ao redor e cuidar de crianças. E com o gosto e a facilidade na área de Biológicas, a vontade e a possibilidade de ser pediatra me fizeram querer com muita intensidade aquilo profissionalmente, ainda que tivesse passado poucos anos depois! Não tinha nada a ver com meu interesse pelas artes, mas também, curiosamente, hoje analisando, não diminuiu em nada minha vontade em seguir pelo caminho das artes.

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Talvez, mesmo com o tempo e algum autoconhecimento naquela idade, fosse impossível de reconhecer a multipotencialidade. Afinal, o termo e seu significado até então não existiam. Logo, quem me dera compreender naquela época que eu poderia ser, não é mesmo?! Agora imagina para quem era, mas não fazia nem ideia por ter vivido séculos atrás como Leonardo Da Vinci. Sim, ele era um dos maiores exemplos de multipotencialidade! Mais conhecido como cientista, inventor e pintor e de muitas e outras habilidades e formações até então desconhecidas. Imagino a ignorância sobre o assunto e o comportamento com ele, em um período muito mais distante daqui...

Com minha descoberta em 2019, passei a questionar ainda mais a educação que deveria existir nas salas de aula! Desta vez, pensando em como seria diferente para mim já naquela época se o modelo de educação e suas devidas metodologias fossem mais coerentes e adaptados as nossas necessidades e os professores e psicólogos tivessem esse conhecimento em mãos sendo mais capacitados para acompanhar nosso desenvolvimento... Como as escolas poderiam trabalhar para se adequar para atender a tantas diferenças, interesses e habilidades? Será que não seria necessário uma mudança nos moldes nas vertentes da educação para atender a todos, inclusive nós multipotenciais?

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Fica aqui minha provocação e uma boa reflexão para vocês. Sintam-se à vontade para responder, rebater ou abrir discussões em cima das minhas perguntas! Vamos mudar essa realidade debatendo juntos sobre Multipotencialidade?!

Mara Lima, MSc

Professora na FGV | Autora | Estratégia | Desenvolvimento de Negócios

2 a

Concordo. A interdisciplinaridade pode e deve ser melhor trabalhada na educação de base.

Guilherme W.

Análise e Desenvolvimento de Sistemas | Programador | Desenvolvedor | Professor de Português | Project Manager | PCD F.20 | Escritor de crônicas

2 a

Sempre me considerei um sujeito com um multipotencial, uma veia em Letras e Literatura e outra veia em computação. Não acho que existam áreas que se excluam, mas sim histórias que se complementam!

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