Primeiros contatos com Inteligência Artificial


Fiquei aliviado ao ler o artigo O que esperar da IA, escrito por Ajay Agrawal, Joshua S. Gans e Avi Goldfarb, matéria do meu curso no MIT. Confesso que IA, às vezes me assusta. A possibilidade de ver o ser humano ser substituído por máquinas sempre esteve em minha mente. A 1ª vez que senti esse medo foi ao ler 1984 de George Orwell; e ver o filme, pior ainda! O fato é que a minha geração, principalmente, veio acompanhando pari passu o desenvolvimento tecnológico. E fomos nos adaptando e gostando das facilidades que ele nos trouxe. Nossa adaptação tem sido mais fácil do que eu imaginava. Falando francamente, sobrevivemos sem tantos danos. O desemprego daí decorrente, e tão temido, também surpreendeu. Houveram baixas, mas novos empregos e funções foram criados, trabalhadores tiveram que aprender e desenvolver novos conhecimentos e habilidades; empresas investiram em capacitação. E fizemos isso muito bem! Por causa da tecnologia, o ser humano desenvolveu novas necessidades e novos negócios daí surgiram; literalmente chacoalhando as bases das empresas, suas crenças e visões. Aprendemos que o alvo é móvel e mutante. Isso não é uma opção, mas sim um dado do quebra-cabeças que temos que manipular. Trabalhei no setor automotivo por longos 32 anos. Nesse período, vi a evolução dos carros desde o uso de carburadores até sua troca por injeção eletrônica. E fazendo curta uma longa história, o salto para carros autônomos; o que para minha surpresa, é conversa antiga! Em desenvolvimento, no Brasil, um carro que voa! Redes...de gente interagindo, de máquinas inteligentes interagindo! E uma outra interação da imensa rede de gente com uma igual imensa rede de máquinas interagindo e criando novas possibilidades para a humanidade. Máquinas aprendendo com sua própria experiência passada, tornando processos cada vez melhores, num virtuoso ciclo de melhoria contínua. Parece perigoso máquinas aprendendo com elas mesmas? Pode ser, mas a humanidade tem se beneficiado desse ciclo. Para meu alívio, tenho aprendido que, algumas habilidades humanas - no momento! - não serão substituídas por máquinas e sua inteligência. Diagnósticos médicos feitos com precisão e enviados à mesa de médicos preparados para julgar as alternativas de tratamento; e rápido quem sabe a tempo de salvar uma vida! O Julgamento estará nos cérebros de nós seres humanos. Percepções e emoções, ética, justiça, artes, resultados de comparações pesando prós e contras, continuarão sob a batuta de nós humanos.  Homens e mulheres em qualquer tipo de atividade terão que, novamente, aprender, desenvolver e aprimorar habilidades para atuar, de forma determinante, nesse contexto. Identificar, desenvolver, liderar as pessoas certas para trabalhar será a tarefa mais importante e nobre em suas funções – reproduzo abaixo o quadro do World Economic Forum -. As pessoas não podem ser ou se tornarem uma restrição, mas sim, uma solução confiável para todas as atividades contidas no que o Julgamento exige. Entendo que as responsabilidades envolvidas serão MUITO maiores do que até então. Falhas ou lacunas nas análises, julgamentos e decisões, aí sim perigo à vista! Em detrimento, as máquinas se desorientarão? Seria um caos? O que você pensa a respeito?

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