As principais tendências para mídias sociais

As principais tendências para mídias sociais

As mídias sociais são um dos segmentos mais dinâmicos do mercado. Desde o finado Orkut muitas propostas surgiram tentando angariar usuários. Algumas não conseguiram acompanhar os movimentos do mercado e expectativas do público, mas outras permanecem com legiões de seguidores e não param de se reinventar.

Fato é que as relações sociais no meio digital não parecem esfriar. Ao contrário, cada vez mais novos recursos surgem para suprir novas demandas e as mídias sociais continuam com tudo.

A seguir você confere as principais tendências apontadas pelo relatório da Kantar sobre mídias sociais. Para conhecer o relatório completo clique aqui.

  1. O modelo de publicidade se reinventa

Não é novidade para ninguém que as plataformas de mídias sociais fazem uso dos dados dos usuários para comercializar anúncios. Mas, a exigência cada vez maior dos consumidores em manter a privacidade de seus dados tem feito com que elas busquem novos formatos. A ideia é oferecer modelos de assinatura paga, como o Spotify Premium, em que os usuários podem usufruir do serviço sem serem impactados por anúncios.

Além da assinatura paga, as plataformas de mídias sociais ambicionam entrar no campo dos hardwares com itens como smart speakers com comando de voz e tela sensível ao toque. E, por último, elas vêm investindo em projetos de tecnologia como os laboratórios do Facebook em Paris para pesquisas em inteligência artificial.

2. Além da algoritmização de plataformas

Sabemos que o conteúdo exposto em nossa timeline é resultado do algoritmo da plataforma. Mas esse algoritmo pode estar distorcendo nossa visão de mundo, disponibilizando conteúdo parcial. Os usuários já entenderam isso e estão consumindo versões mais isentas, como os grupos, que não estão sujeitos aos algoritmos assim como as páginas.

As mídias sociais não ignoraram o recado e assim como as versões pagas devem surgir, em breve, versões não algorítmicas.

3. Plataformas dedicadas

As marcas já entenderam que não podem depender das grandes plataformas de mídias sociais, pois os dados das suas bases de seguidores não são, efetivamente, seus. Isso fez com que muitas tenham investido em plataformas próprias com modelos similares às redes sociais. Aquelas que não tem projeção suficiente para construir ou manter uma grande base de seguidores aproveitam-se desse novo modelo: redes sociais que unem clientes que gostam de uma mesma marca e querem trocar experiências. Essas plataformas não são de propriedade das marcas, mas sim servem à comunidade.

O objetivo não é sair dos grandes conglomerados, como o Facebook, mas sim limitar a dependência e eles.

4. Mudando o comércio social

As plataformas de redes sociais vêm testando serviços de vendas já há alguns anos, mas agora parece que o modelo finalmente começa a deslanchar. O Facebook lançou um mercado em que os usuários podem comprar e vender artigos novos e usados. O Instagram com seu Instagram Shopping, permite que o usuário compre facilmente os produtos identificados na plataforma. O Twitter testa um modelo similar ao Google Shopping. O Pinterest, com o Shop the Look permite que os usuários comprem os produtos que descobrem nos pins, é praticamente uma pré-venda. O Snapchat também chega com uma ação inesperada: a parceria com a Amazon, um dos líderes do e-commerce. Com uma tecnologia de reconhecimento de imagem a ideia é que o usuário possa filmar o produto que quer comprar e a rede o localiza na Amazon para efetuar a transação.

5. Parcerias estratégicas prosperam

As plataformas de mídias sociais se transformaram em algo muito maior que o “social”, são plataformas de tecnologia. A aquisição de empresas por parte desses grandes conglomerados desacelerou no último ano, mas por outro lado, as parcerias estratégicas aumentam na mesma proporção em que essas empresas investem em novos setores como saúde, educação e bancos.

As redes sociais foram além de suas propostas originais e se tornaram conglomerados de tecnologia. A diversificação de seus serviços e a monetização dos serviços oferecidos começa, finalmente, a equilibrar seus negócios.

6. O desgaste do influenciador de marca se instala

O advento dos adblockers e a crescente desconfiança do conteúdo divulgado pelas marcas levou os consumidores a confiarem em seus pares para tomar decisões de compras. Foi aí que os influenciadores ganharam espaço e, por consequências, as marcas passaram a usá-los como canal para chegar até seus clientes. Mas os grandes influenciadores se perderam e prejudicaram sua reputação ao assumir várias marcas, sem critério. Além disso, seguidores falsos e falta de transparência levaram a um desgaste ainda maior do marketing de influência.

Com isso, as marcas perceberam que os micro influenciadores poderiam ser mais rentáveis, atingindo um nicho altamente engajado. Além disso, os próprios usuários, quando geram conteúdo, o chamado – User Generated Content, UGC – tendem a trazer até 30% mais engajamento para a marca, conforme estudo da ComScore. Quanto mais autenticidade, maior é a confiança que a marca terá junto ao seu público.

Mas isso não parece ser o fim do marketing de influência. Plataformas como Facebook e Snapchat anunciaram serviços para facilitar o relacionamento entre marcas e influenciadores.

7. O engajamento é a nova tendência

As marcas sempre buscaram o engajamento dos seus consumidores, pois isso mostra a pré-disposição em se relacionar com elas. Formatos como cupom resposta, “ligue e peça uma amostra” e cartas à redação mostram os esforços das marcas em trazer o cliente para suas comunidades. Na Era das Redes Sociais esse modelo ganhou força com ações que exigem menos esforços como comentários, likes e reações. Se de um lado as marcas tentam engajar cada vez mais usuários, do outro as plataformas de mídias sociais buscam formatos que representem um engajamento real, como as ferramentas do Stories do Instagram e de colaboração em grupo do Pinterest.

8. Hibridização de formatos

Que o conteúdo é rei todo mundo já sabe. O que se discute agora são os formatos que ele pode ser apresentado. O vídeo se tornou o queridinho nos últimos anos, mas novos formatos estão caindo no gosto dos usuários, como o Stories, que surgiu com o Snapchat e depois ganhou força em outras plataformas, em especial no Instagram.

Agora, se vê a ascensão do áudio, que ganha espaço em formatos como podcasts e efeitos sonoros diversos.

9. O eixo estratégico do entretenimento

A crise econômica e a automação (que garante mais tempo livre para as pessoas) são apontadas como fatores de impulsionamento do entretenimento social. E os games, por sua vez, ganham força.

Nesse cenário, projetos como videogames no modo de bate-papo para compartilhar com os amigos e quizzes estão na mira dos desenvolvedores. Os formatos podem ser rentabilizados pelas marcas, que podem ainda aproveitar os recursos que as plataformas de mídias sociais oferecem, como a Snappables, lentes interativas do Snapchat que oferece experiências com jogos.

10. Experiência de marca “Made in China”

As mídias sociais parecem evoluir no Ocidente da mesma forma que aconteceu no Oriente. Inicialmente, elas foram usadas para distribuir conteúdo, aumentando assim o reconhecimento das marcas. Depois, as marcas passaram a interagir com os consumidores por meio delas. Agora, percebe-se que elas têm a capacidade de unificar a experiência dos usuários entre os canais, aumentando a conexão com as marcas.

As mídias sociais passaram a criar interações em diferentes dimensões. Ou seja, passam a ser pontos de contato para uma experiência omnichannel: lojas físicas, eventos off-line, anúncios de mídia, impactos on-line e marketing social. Elas conseguem atrair o público para desfrutar de uma experiência sensorial e ainda compartilhar essa experiência para alcançar um público mais amplo.

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