Processo Seletivo pra quem?
Essa semana, tive papos interessantes e necessários com pessoas que assim como eu estão buscando uma recolocação no mercado de trabalho e um dos assuntos mais falados foi sobre processo seletivo.
Muito se diz sobre currículo por competências e que é necessário dar o tal do "match" com a cultura da organização. Logo, gera-se o entendimento que o processo seletivo é uma via de mão dupla, sendo uma forma da empresa e da pessoa candidata saberem se faz sentido ou não começar um relacionamento profissional.
Encarando a experiência por esse ângulo, entende-se que quem se candidata também está avaliando se aquela vaga e cultura fazem sentido pra sua vida profissional, certo?
Sendo assim, a pessoa entrevistada pode e deve fazer perguntas sobre temas importantes para seu sucesso dentro da organização. Levantar questões como cuidados com saúde mental, diversidade e inclusão e até mesmo rotinas do dia a dia, deveriam ser recebidas pelas pessoas recrutadoras de forma natural.
Recomendados pelo LinkedIn
Porém, nossa percepção foi a mesma: Se você pergunta demais, mostra interesse em conhecer a organização o máximo possível, você pode passar uma postura de negociação e comunicar que também está escolhendo bem. Pelas nossas experiências, essa postura pareceu um ponto contra na avaliação da pessoa recrutadora, pois parece julgar que você não está "cegamente" interessado na vaga.
A conclusão que chegamos é que muitas das vezes empresas colocam nas descrições de suas vagas - "Perfil Crítico e Analítico", mas quando encontra um perfil profissional que não seja passivo, que se coloca no processo seletivo de forma ativa, a tendência é a eliminação, pela pessoa candidata "parecer escolher demais" e mostrar o seu valor.
E você, o que acha dessa reflexão que vai pra muito Além do RH??