PROEZA
Aceita brando subjectivar a visão sobre
a possibilidade da reconquista do vaso submerso
próximo as extremidades do teu íntimo
Aceita sem receio rastrear a liberdade do momento em
destroços e as folhas secas, porque brevemente
brotará dobros pós crise
Aceita hospedar minha sensibilidade dentro de ti para oferecer meu
carinho,
da moral vestida na distância dos muros torcidos na
visão instante da década,
diluir e bombear o firmamento da iminência precipitada
Aceita atónito desenhar nos dedos líricos,
torcer para regresso dos tempos idos que a esperança seja
coroada de sucessos,
esperança , prosperidade e inspiração
a crise é de pregos, lágrimas e esquife!
Faça semente do crepúsculo sem tribunais de ti mesmo
[o receio é sinónimo de derrota]
Aceita não ter no palácio oratório sazonal que poetiza o químico
rugoso que ultrapassa a meta peculiar, porque a crise é fenómeno
circunstancial e a casa está para sempre contigo
Estarei em todos berços da tua morada nos dias de muita febre se
te convém como observador lírico atónito
se permitir
serei sempre lírico e estarei eternamente grato quando
te levantares destes destroços
Adão Vunge 21/11/2019