Proibição do celular a escola, um retrocesso na educação
A recente aprovação da Lei nº 18.058, de 05 de dezembro de 2024, que proíbe o uso de celulares nas escolas de São Paulo, é um passo atrás em vez de um avanço. A legislação falha em abordar a raiz do problema: a necessidade de ensinar os alunos a serem cidadãos responsáveis que respeitam regras, em vez de simplesmente proibir o uso de dispositivos.
Quando algo é proibido sem uma compreensão do porquê, há um incentivo implícito para desobedecer. Em contrapartida, ensinar o que é certo e errado permite que os indivíduos reflitam sobre suas ações e tomem decisões acertadas, como é o caso dos adolescentes que utilizam celulares na escola, se os pais ensinam a hora certa de usar, que normas são para serem respeitadas, não há o que proibir.
Aulas desinteressantes são um dos principais motivos para os alunos recorrerem aos celulares. A falta de atualização e modernização por parte dos professores resulta em métodos de ensino antiquados e desmotivadores. Para atrair a atenção de jovens que estão constantemente conectados, é fundamental que os educadores adaptem suas práticas pedagógicas, tornando as aulas mais envolventes e relevantes.
Além disso, é essencial que os pais reforcem a importância do estudo e do respeito às regras em todos os ambientes. Muitos pais têm abdicado dessa responsabilidade, achando que a escola tem que dar conta de educar seus filhos o que é um erro, pois a escola só deve reforçar o que é aprendido em casa.
No quesito violência no ambiente escolar uma questão permanece: após o término do período escolar, quem controlará o uso do celular? Os jovens continuarão a utilizar os dispositivos? O cyberbullying, que já causa tantos danos, não será eliminado simplesmente com a imposição de uma lei.
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A lei visa apenas o comportamento dentro de sala de aula?
A falta de educação digital nas escolas torna a proibição ineficaz. Sem um entendimento adequado sobre o uso responsável da tecnologia, as proibições são apenas medidas superficiais.
Além disso, em situações de emergência, como a presença de um atirador ativo na escola, o celular pode ser uma ferramenta vital. Alunos com treinamento em segurança escolar saberiam como agir, acionar a polícia e garantir uma resposta rápida para mitigar a ameaça.
Esses pontos demonstram a necessidade de reconsiderar a proibição do uso de celulares nas escolas. Em vez de proibir, deveríamos focar em uma reforma educacional abrangente, que torne o ensino mais interessante e relevante para os jovens, e em uma parceria mais efetiva entre escolas e pais na educação digital.
Fica aqui uma reflexão sobre os impactos dessa proibição e a real necessidade de uma educação mais moderna e inclusiva.
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