Prospecção de Oléo e Gás Offshore: Perfuração

Após extensivo trabalho de avaliação sísmica e geológica, uma faixa de solo com grande possibilidade de apresentar petróleo é localizada, e a perfuração de poços pilotos é realizada através dos Navios Sondas e Plataformas.

No processo de perfuração, é instalada uma base de apoio (cabeça de poço ou base de perfuração), com posteriormente a descida de um tubo guia (ou “tubulão”), que auxilia a orientação da broca e da coluna de perfuração.

Durante este processo a unidade exploratória injeta um fluido especial de perfuração (ou “lama”), para evitar que a pressão do poço seja maior que a coluna hidro estática, tornando-o surgente e sem controle (blow out).

Estas explosões são extremamente arriscadas, pois causam uma atmosfera explosiva, que pode colocar em risco toda a unidade exploratória. E para evitar o blow out, é instalado um equipamento de proteção no conector (ou hub) por onde a coluna de perfuração passa, chamado Blow Out Preventer, ou BOP. No caso de um blow out, o BOP aciona suas gavetas cisalháveis e isola o acesso do poço à superfície.

Se o petróleo e/ou gás for encontrado, o reservatório será analisado através da monitoração das características do poço, como sua vazão, pressão, grau API do óleo, relação gás e óleo, entre outros. Este processo é chamado Teste de Longa Duração - TLD. Com a confirmação da viabilidade técnico-econômica do campo, o poço testado sofre um processo de abandono provisório, para posteriormente ser finalizado na etapa de completação.

Nesta fase inicial o ROV cumpre importante papel, lançando transponders para definição das coordenadas de perfuração, inspeção submarina com o acompanhamento da descida da broca, operação padrão ou de contingência nos painéis dos BOPs, operações de hot stab para testes de vedação, entre outros.

Unidades Exploratórias – Plataformas de Perfuração 

Para possibilitar a perfuração dos poços, são empregados basicamente dois tipos de embarcações:

1. Navios Sonda (NS’s)
2. Plataformas Semi-submersíveis (semi-subs)

1. Navios Sonda (NS’s)

Os NS’s são embarcações especialmente projetadas para possibilitar a perfuração de poços. Sua característica mais peculiar é a presença de uma grande torre no meio da embarcação, torre esta responsável pelo manuseio, montagem e descida da broca e coluna de perfuração.

As brocas, colunas e demais equipamentos de perfuração (como o BOP), são descidas através de uma abertura no casco da embarcação, bem abaixo da torre, chamada moon-pool.

Por ser uma embarcação móvel, os NS’s possuem propulsores para possibilitar seu deslocamento e seu sistema de posicionamento é dinâmico (sistema DP), o que permite que o NS fique na mesma posição durante todas as etapas da perfuração e teste de um poço.

2. Plataformas Semi-submersíveis (semi-subs)

As plataformas semi-subs se diferem dos navios sonda nos seguintes pontos:

• Possuem mais de um casco (chamados submarinos) para garantir a estabilidade da planta de perfuração.
• Possuem maior espaço de convés para armazenamento de equipamentos e logísticas de perfuração.
• Podem possuir deslocamento e posicionamento próprio (DP), ou serem rebocadas e ancoradas.

Os submarinos são responsáveis por garantir o lastro (equilíbrio da plataforma), e pela sua capacidade de admitir e remover água, alterando suas características de flutuabilidade, por este motivo é que são chamadas de semi-submersíveis.

As semi-subs também possuem uma torre central, com as mesmas características e responsabilidades das torres presentes nos navios sonda.

Unidades Exploratórias – Blow Out Preventer (BOP)

Independente do tipo de plataforma que esteja no processo de perfuração, o equipamento mais importante de todo o processo será sempre o BOP.