Psicopedagogo e a Sala Recursos
Sabendo que a educação é transformadora, como fazê-la chegar aos educandos com Necessidades Especiais Educacionais (NEE)? Como atuar para que as escolas não banalizem o processo de inclusão destes sujeitos?
A aprendizagem está resguardada pela Constituição Federal de 1988 e essa mesma constituição afirma que todos somos iguais. Ela não é excludente afirmando que os "normais" tem mais direito que os "não tão normais", por isso, faz-se necessário que profissionais com expertise desenvolva em seus alunos com NEE as suas habilidades e aptidões, entretanto não pode ser qualquer profissional a especular os porquês dos alunos terem dificuldade no processo de aprendizagem.
Precisa-se na verdade de pessoas com expertises em diagnosticar por meio de uma avaliação os motivos das dificuldades de aprendizagem e como minimizar este problema.
É sabido que este profissional é o psicopedagogo que tem no seu trabalho a missão de resgatar a paixão do educando em aprender e auxiliá-lo no desenvolvimento de suas aptidões e habilidades, independente a sua dificuldade, pois este mesmo profissional o verá como um sujeito singular e fará o seu melhor para que encontre a efetividade neste processo de aprendizagem.
Algumas escolas contam com a sala recursos multifuncionais e de acordo com o Instituto Paradigma estas salas têm o objetivo de
Prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
- Garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular
- Fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem e
- Assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis de ensino.
Um problema enfrentado pela comunidade escolar, seja por falta de conhecimento ou vontade política está em confundir a função de uma sala de recursos com sala de reforço, transformando o psicopedagogo em um professor de reforço de aulas que o aluno não assimilou, seja por indisciplina e/ou por omissão da gestão quanto a uma atitude educativa corretiva, o que faz perceber que para problemas desta natureza, basta um pedagogo e um bom acompanhamento da família que parte ou todo problema estará resolvido.
Será o psicopedagogo quem dirá se o aluno tem um déficit de aprendizagem devido a uma dificuldade de aprendizagem, como discalculia, dieslexia, Síndrome de Asperger, Transtorno de Conduta, dentre outros problemas que dificultam a aprendizagem do mesmo, causando transtornos para os alunos oriundos da baixa auto-estima e exclusão, acarretando em problemas sociais e de aprendizagens.
Percebe-se que as atividades do psicopedagogo não são isoladas, elas são acompanhadas pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), que com profissionais com o compromisso de levar a educação a sério e fazê-la chegar a todos, resguardando assim o que consta na constituição e humanizando as pessoas de forma a incluí-las na sociedade.
A banalização destes problemas cria uma ferida nesta educação já sofrível sem dizer que para os alunos com NEE e para seus familiares, roubam-lhes a dignidade, cidadania e uma perspectiva de vida melhor,
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br
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