Qual é sua estratégia em vendas?

Qual é sua estratégia em vendas?

Sempre vivencio algo comum nos ônibus aqui de Belo Horizonte: o comércio dentro do coletivo. Mas hoje foi diferente, por isso, resolvi escrever sobre o que notei no jeito de cada comerciante ao vender seu "peixe".

Cenário 1

Estava indo para meu estágio e o moço entrou pela porta do meio (isso é proibido, mas acho que o motorista permitiu), estava com uniforme de um Centro de reabilitação e já chegou dando bom dia, mas, como sempre, ninguém respondeu, porém ele insistiu com um "bom dia, gente!" e vários responderam. Logo em seguida ele pediu desculpas pelo incômodo e falou: "alguém aqui tem preconceito? Porque vou ser sincero, já fui usuário de drogas e traficante...", daí veio sua história de vida, um baita storytelling

Com muito bom humor ele entregou seu produto a cada um que estava presente e começou a mostrar as vantagens de adquiri-lo, apontou as dores que supria, falou do brinde e ainda comparou com o mercado. Olhe os detalhes das falas dele:

1- Capinha de celular super protetora, daquelas emborrachadas que impedem o celular de trincar a tela (fez até demonstração com o próprio aparelho);

2 - Popsocket, um suporte para os dedos que é colocado atrás do celular. Ele impede que alguém consiga pegar o celular enquanto estiver em uma ligação; pode ser colado na geladeira e servir de apoio para ler uma receita enquanto cozinha (interessante que ele citou o uso para homens e mulheres que desejam fazer comida para família); dá para apoiá-lo na cabeceira da cama para ver Netflix; e ser usado por motoristas de aplicativo para apoiar o aparelho enquanto dirigem, enfim, nunca tinha visto tanta utilidade para esse pequeno objeto;

3 - Caneta de LED ou fone de ouvido como brinde;

4 - Nas feiras e camelôs o valor passa de R$10,00 para cada objeto, mas nas mãos dele custava apenas R$5,00 e com o brinde.

Resultado: muitos adquiriram o produto, uma quantidade de clientes muito maior do que estou acostumada a ver dentro do ônibus. Até eu senti vontade de comprar.

Ele ainda nos alertou sobre os vendedores que fingiam ser daquele Centro de reabilitação.

Cenário 2

Na hora da minha volta do estágio entrou um outro vendedor do mesmo local, subiu pela porta da frente, parou na roleta e perguntou se alguém poderia passar o cartão para que continuasse seu serviço. Na mesma hora pensei naquele vendedor de mais cedo e que este deveria explorar mais seu discurso, as pessoas mal ouviram o que ele havia dito.

Resultado: 5 minutos depois ele deu sinal e desceu. Não conseguiu nem a oportunidade de nos mostrar os produtos ofertados.

Conclusão

Os mesmos produtos, dos mesmos lugares, porém, estratégias diferentes, com resultados TOTALMENTE diferentes.

As estratégias têm que chamar a atenção do público, é princípio básico do AIDA, certo? De todas as alterações que ocorreram e ocorrem na comunicação atualmente, a atenção é uma das que permanecem, e por motivos óbvios, sem ela, não há próximas etapas na jornada de compra do cliente.

As estratégias precisam ser focadas nas pessoas e pensadas de acordo com os objetivos. É necessário buscar os resultados e analisá-los, estudar as métricas, fazer testes, enfim, encarar de frente as respostas. Se essas não estiverem como gostaria, não deve haver medo de se perguntar o por quê, de analisar, reconhecer os erros e o mais importante: fazer de novo, fazer diferente, não ter medo de testar e errar até acertar.

No livro Criatividade S.A (escrito por Ed Catmull), Andrew Stanton, um dos integrantes da equipe da Pixar, diz:

Falhe cedo, falhe rápido.

Ou outra variante:

Erre o mais rápido que você puder.

Só assim você poderá alterar o percurso e mudar as estratégias o quanto antes.

Está preparado para as necessidades do mercado?

E confrontar suas estratégias?

Que texto meus amigos, que texto! <3 

Gabriela Almeida

Account Manager na HIKE | Especialista em Negócios e Marketing Digital para Moda e Beleza

5 a

Bem legal, Stef!

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos